Ainda está dando o que falar – e não poderia mesmo ser diferente! – a absurda e estúpida decisão tomada por Kássio Nunes Marques, ministro do STF recentemente nomeado pelo verdugo do Planalto, Jair Bolsonaro, que liberou cultos religiosos presenciais em templos e igrejas por todo o País, em meio ao colapso hospitalar.

A medida homicida, apoiada e defendida pelo desgoverno do devoto da cloroquina, através do ex-ministro da Justiça André Mendonça, encontrou respaldo em Augusto Aras, o Procurador Geral da República, igualmente nomeado pelo maníaco do tratamento precoce, quando dele seguiu para a Suprema Corte até a canetada monocrática.

No início desta maldita pandemia, ouvimos falar em um proto ditador do Leste Europeu, que recomendou ao povo sauna e vodca contra o vírus. Fosse a população – acho que Belarus – idiota, hoje o país estaria deserto, dizimado pela doença. Nos EUA, teve até imbecil tomando desinfetante porque Trump havia brincado a respeito.

A união entre líderes, sejam políticos ou governantes, ou mesmo celebridades influentes e uma sociedade em grande parte idiota como a brasileira, é catastrófica sob qualquer ponto. Vejam o caso da cloroquina: as emas recusaram a droga ineficaz contra o coronavírus, mas milhões de pessoas, não, e continuam se entupindo dela.

Se a maioria absoluta da nossa sociedade não fosse de certo modo estúpida, a sanha homicida do pai do senador das rachadinhas e da mansão de 6 milhões de reais, agora em consórcio com membros do Judiciário, não causaria malefício. Mas somos um povo majoritariamente alienado e desinformado, para se dizer o mínimo.

Republiquetas bananeiras mundo afora assistem, de tempos em tempos, tiranos idiotas, como Maduro, por exemplo, presos após uma revolução popular ou mesmo, como ocorre com frequência no Oriente Médio, pendurados de cabeça para baixo em uma praça pública. E não, ministro Moraes, não estou pregando nada disto.

Já no Brasil, o amigão do Queiroz toca seu berrante e a manada lhe segue até os confins da ivermectina. Aí reside nosso drama. Quando seu ministro no STF “libera geral” a aglomeração em igrejas, eles estão plantando, hoje, os milhares de casos de Covid-19 de amanhã. No limite, estão “fabricando” cadáveres em série.