O Ministério Público Federal no Distrito Federal decidiu abrir 12 investigações com base no relatório final da CPI da Covid-19 para apurar os crimes que o governo Bolsonaro teria cometido na condução da pandemia. Melhor dizendo: crimes que o capitão cometeu e ainda comete, já que ele tem mostrado, dia após dia, nunca ter deixado de ser negacionista e de adotar posturas criminosas em relação ao combate ao coronavírus. Enquanto o mandatário desfila sem máscara por aí e tenta dificultar que as crianças sejam imunizadas, milhares de brasileiros voltaram a ficar doentes por conta da nova variante da Covid-19.

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Depois de o Brasil ter perdido quase 620 mil vidas por causa do vírus, Bolsonaro sinaliza de novo que pouco está se lixando para a vida de quem quer que seja. Transformou, inclusive, o Ministério da Saúde em uma verdadeira arma de desinformação, com a ajuda de um ministro que, bizarramente, é médico, mas se dispôs a rasgar o diploma para entrar de cabeça com seu chefe nessa cruzada contra a ciência.

Marcelo Queiroga defendeu, por exemplo, que crianças só sejam vacinadas contra a Covid-19 mediante a autorização dos pais. Uma medida sem qualquer cabimento, dada a situação de uma nova onda iminente de infecções.

Soma-se também a tudo isso o fato de o ministério ter simplesmente deixado a sociedade no escuro, ao ser inerte diante de um apagão de dados relacionados à Covid-19. Sem essas informações, a população fica sem saber qual é o grau de urgência desse novo momento da pandemia e ainda sem munição para pressionar o governo a tomar as medidas certas.

A pandemia não acabou. No Brasil, muito menos. Até porque a doença tem sido cultivada pelas barbaridades feitas pelo governo Bolsonaro. Enquanto um negacionista for o piloto da crise, dificilmente o cenário mudará. Afinal, Bolsonaro é o fomentador das crises.