24/02/2022 - 18:49
Depois de mais de 12 horas de iniciados os ataques da Rússia à Ucrânia, Bolsonaro finalmente foi às redes, no final da tarde desta quinta-feira, 25, mas não para criticar ou apoiar a atitude de Vladimir Putin, com quem havia se solidarizado semana passada quando esteve em Moscou. “Estou totalmente empenhado no esforço de proteger e auxiliar os brasileiros que estão na Ucrânia”, limitou-se a dizer em seu post.
De resto, o presidente brasileiro praticamente copiou e colou o conteúdo de uma nota que o Itamaraty havia publicado mais cedo, informando que a embaixada do Brasil em Kiev permanece aberta e pronta a auxiliar os cerca de 500 cidadãos brasileiros que vivem na Ucrânia e todos os demais que estejam por lá temporariamente. A maioria dos comentários na sua postagem parte para a ironia, com alguns internautas questionando se Bolsonaro “não ficou ‘putim’ com o ataque covarde do Putin à Ucrânia”, se ele “concorda com a guerra” ou se “vai impor algumas sanções aos russos”.
Mais cedo, o Itamaraty informou que não há plano de resgate de brasileiros, como chegou-se a cogitar, mas sim, um plano de evacuação. O Ministério das Relações Exteriores esclareceu que os brasileiros que estiverem na fronteira leste da Ucrânia devem fazer a evacuação por conta própria. De acordo com informações do Ministério, as embaixadas de países do Leste Europeu estão de prontidão para garantir informações aos brasileiros.
Há notícias também de que corpos diplomáticos de países como Argentina e Chile estão em contato com o Itamaraty para que seus cidadãos, que porventura estejam naquela região, sejam auxiliados.