SÃO PAULO, 17 JAN (ANSA) – A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) revelou nesta quinta-feira (16) que o presidente da República, Jair Bolsonaro, foi o responsável por 121 dos 208 ataques contra veículos de comunicação e jornalistas registrados no Brasil em 2019.   

De acordo com o levantamento da organização, o número de ataques contra profissionais da imprensa no ano passado aumentou 54% em comparação com 2018, quando foram registrados 135 casos.   

A Fenaj afirmou que grande parte dos ataques de Bolsonaro aconteceram em divulgações oficiais, como em discursos, entrevistas e pela sua conta no Twitter.   

Entre os casos de violência protagonizados pelo chefe de Estado brasileiro está o questionamento da sexualidade de um repórter.   

Na ocasião, o profissional perguntou para Bolsonaro sobre as denúncias contra seu filho, Flávio, e o presidente disparou: “Você tem uma cara de homossexual terrível, mas nem por isso eu te acuso de ser homossexual”.   

Na mesma entrevista, Bolsonaro ofendeu um outro jornalista que o indagou se ele tinha o comprovante de um empréstimo feito para o ex-policial Fabrício Queiroz. “Ô, rapaz, pergunta para a tua mãe o comprovante que ela deu pro teu pai, tá certo?”, respondeu.   

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A Fenaj informou que os principais autores de ataques contra a imprensa foram políticos, com quase 70%. Bolsonaro, por sua vez, foi responsável por 58% das ofensas.   

Entre outras informações, o levantamento apontou que a quantidade de jornalistas assassinados no ano passado aumentou.   

Ambos os profissionais mortos eram de Maricá, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Entretanto, o número de agressões caiu em relação com 2018, registrando 20 agressões verbais e 15 físicas.(ANSA)


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