18/07/2024 - 15:52
Alvos de uma investigação sobre espionagem ilegal de figuras públicas, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-chefe da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), participaram de um ato no Rio de Janeiro, no qual o ex-mandatário falou em “perseguição”.
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“Nossas escolhas definem nosso futuro. Quando se fala em 26, temos que passar por 24. Todos aqueles que estão ao meu lado passam perseguições. Nós acreditamos. Nós não vamos dividir o Brasil. Sabemos o que está errado, como agir e como administrar o Rio de Janeiro”, disse Bolsonaro, ao lado Ramagem, seu apadrinhado para a corrida eleitoral à Prefeitura do Rio de Janeiro.
O ex-presidente também ressaltou que não se tratava de um comício eleitoral, pois isso só é permitido a partir de agosto. Porém relembrou a atuação do pré-candidato como delegado da Polícia Federal e afirmou que ele tem pagado “um preço” por sua lealdade.
“O Ramagem, um delegado federal que conheci ainda na transição em 2018, já começa a pagar um preço alto por sua ousadia de querer sonhar, pensar e administrar uma cidade com honradez e com orgulho. Desejo boa sorte ao Ramagem. E boa sorte aos pré-candidatos a vereador aqui presentes”, completou.
Bolsonaro também voltou a atacar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o acusou de supostamente se aliar ao crime organizado. Me tornaram inelegível porque me reuni com um embaixador. Não estive numa comunidade aqui me reunindo com traficante. Não recebi e jamais receberia a dama do tráfico em Brasília. Alguns acharam que eu devia passar a faixa pra aquele cara. Eu não passo faixa para ladrão. Ele trouxe de volta para o nosso governo todos que roubaram”, acrescentou.
Ramagem, por outro lado, focou o seu discurso nos temas ideológicos e criticou a gestão do prefeito Eduardo Paes (PSD), que concorre à reeleição e aparece em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto.
“Hoje, temos que pensar nas nossas prefeituras. E aqui no Rio de Janeiro. Há um grupo que está aí há 30 anos. Só o prefeito está há 12 anos. O que fizeram pela segurança e pela ordem do Rio? Nada. Só violência, sem ruas limpas e iluminadas. O que fizeram com nossa Guarda Municipal? Vamos tratar como Polícia Municipal armada. Escolham bem seus vereadores e, lógico, seu prefeito também, 2024 é 2026. Temos que mostrar nossa força para depois fazer mais deputados, mais senadores. E acreditem. Vamos fazer novamente Jair Messias Bolsonaro presidente do nosso Brasil”, concluiu.