Enquanto secam as verbas federais para pesquisa, em São Paulo está em início de operação uma parceria entre a Universidade de São Paulo (USP), o Instituto Pasteur de Paris e a Fiocruz, do Rio, para estudo de doenças virais “emergentes e negligenciadas” que afetem o sistema nervoso, como zika, dengue, febre amarela, influenza e doença do sono animal. O projeto faz parte de uma rede mundial que reúne 23 mil pesquisadores. Cerca de 60% dos recursos vêm de receitas privadas do Pasteur, obtidas com a venda de medicamentos e kits de vacinas, mas há ajuda de doadores e de governos. Até o pequeno Uruguai mantém pesquisas. Batizada de Plataforma Científica Pasteur-USP (SPPU), a instituição funciona na Cidade Universitária (USP), em São Paulo. Não há recursos federais diretos envolvidos. No Brasil, os casos de dengue cresceram 149% em 2019, atingindo 54 mil pessoas. Os de zika e de chikungunya tiveram uma redução de 18% e 51% este ano, respectivamente, mas sem que as causas fossem claramente identificadas.