Se há um maluco genial, neste mundão de meu Deus, de que sou fã, este é Elon Musk, o criativo por trás da Tesla, Spacex, Starlink, Neuralink e sei lá mais o quê.

Sul-africano-canadense, naturalizado norte-americano, o multibilionário (em dólar, hehe!!) de 50 anos poderá não estar vivo para ver, mas será sua obra que nos levará à Marte.

Musk é como uma das maiores obras de ficção da história, O médico e o Monstro, de 1920, ainda na era do cinema mudo (Dr. Jekyll and Mr Hyde), uma adaptação da novela de 1886, Strange Case of Dr Jekyll and Mr Hyde, de Robert Louis Stevenson.

Um dia, Elon decola e pousa um foguete, barateando de tal sorte o lançamento de satélites, que hoje já se projeta uma espécie de congestionamento orbital. Em outro, resolve comprar o Twitter, por causa de uma treta político-infantil entre a rede social e Donald Trump.

Assim, entre golpes de genialidade e mediocridade, entre tapas e beijos com Wall Street, entre oscilações que lhe rendem ou lhe retiram bilhões de dólares em apenas um único dia, Musk segue como uma das personalidades mais interessantes, emblemáticas e imprevisíveis da história do capitalismo mundial.

Para não fugir à regra, nesta gelada sexta-feira (20/05), o super hiper mega ultra empresário resolveu viver seu dia de monstro, de medíocre, de bilionário excêntrico e se encontrou com ninguém mais, ninguém menos do que Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, uma das mentes mais limitadas e doentias do Brasil, senão do mundo.

Acreditem se quiser, mas o tema foi Amazônia, aquela ‘floresta que não pega fogo porque é úmida’, segundo o próprio devoto da cloroquina, e internet, mais especificamente o Twitter. O amigão do Queiroz quer ter a plataforma livre, leve e solta para suas mentiras, mistificações e propaganda política enganosa, além de ataques em massa contra opositores.

Enquanto Musk e Bolsonaro bostejavam um com o outro, as ações da Tesla despencavam mais de 7% na Nasdaq, atingindo o menor valor em mais de um ano, com baixa de 50% (metade!!) sobre a máxima registrada em novembro de 2021.

Obviamente, a culpa não é do amigão do Queiroz, mas de uma série de fatores que têm atirado as ações (não só as da Tesla, aliás) no fundo do poço, mas um encontro destes, convenhamos, não ajuda em nada Musk e seus negócios.

O ponto alto, e aí, por incrível que pareça, há méritos do desgoverno do psicopata homicida golpista, foi o anúncio da conexão de internet, via satélite, de quase 20 mil escolas em zonas rurais, e o monitoramento ambiental – ainda que não sirva para nada – da chamada Amazônia Legal. Parabéns, presida!

Se dependesse apenas de Elon Musk, o mundo seria espetacular, ainda que uma verdadeira zona. Se dependesse apenas de Bolsonaro, o mundo seria uma verdadeira zona, ainda que espetacular. Ambos sofrem de egocentrismo agudo em grau máximo, mas apenas o ‘rich boy’ merece perdão, já que seu umbigo, muitas vezes, dá frutos brilhantes; o do patriarca do clã das rachadinhas só produz porcaria, e com extrema frequência.

Em tempo: Musk bem que poderia recrutar Bolsonaro para a viagem (só de ida) a Marte. Eu pago bem!