Um canalha ataca pelas costas, e Bolsonaro atacou o presidente da Petrobras, como sempre, da segurança do seu chiqueirinho à porta do Alvorada (ou pelas redes sociais). Disse que o brilhante executivo não trabalhava havia 11 meses porque, idoso, está em “home office”.

Um canalha culpa os outros sem nominá-los, e Bolsonaro, outra vez, colocou a culpa da sua própria incapacidade “neles”. Quem? Nunca dirá, pois não existem. Aliás, bem ao estilo Lula da Silva de ser, o corrupto que sempre culpava o tal “eles” pelas besteiras que fazia.

Um canalha acusa sem provas, e Bolsonaro é useiro e vezeiro na “arte”. Estamos esperando até hoje as provas de fraude nas eleições presidenciais de 2018. E, também, ele dizer quem são os agentes do mercado que “estavam gostando” da política de preços da Petrobras.

Um canalha sempre agride para se defender, e Bolsonaro, em vez de explicar os famosos “micheques”, parte para ofensas contra quem lhe pergunta a respeito. Dessa vez, mirou suas cretinices contra os executivos da Petrobras, que “ganham muito sem trabalhar”.

Um canalha usa e abusa do diversionismo, e Bolsonaro, para se livrar de certos assuntos incômodos, como rachadinhas do seu filho, inventa factoides como distração. Só que, dessa vez, ao brincar com uma estatal do porte da Petrobras, quebrou a cara. Ou melhor, a nossa.

Um canalha recorre frequentemente ao patriotismo, e Bolsonaro, como Samuel Johnson já nos ensinou em 1775, cumpre à máxima: “o patriotismo é o último refúgio do canalha”. De forma incrivelmente psolista, chavista e petista, invocou o patético “o petróleo é nosso”.

Um canalha mente sem remorso, e Bolsonaro é capaz de mentir sobre qualquer coisa para se livrar de responsabilidades, como a falta de vacinas. E mente ao dizer que não irá interferir na estatal. Ou o que significa “meter o dedo”? Tirar caca do nariz? Ou seria algo ainda pior?

Um canalha não tem piedade, e Bolsonaro jamais se solidarizou de forma honesta com quem perdeu amigos e familiares para o novo coronavírus. Afinal, “e daí”, né? Fico aqui a imaginar o desespero de milhares de pequenos investidores que acreditaram no mito do mito liberal.

Um canalha é um egoísta; só pensa em si mesmo, e Bolsonaro não se importa com ninguém e não hesitará em atropelar quem se coloque no caminho da obsessiva reeleição. Foi assim com Sergio Moro e assim será, muito em breve, com o Posto Ipiranga, Paulo Guedes.

Um canalha vive cercado de canalhas, e Bolsonaro cerca-se de Sara Winter, Daniel Oliveira, Collor de Mello, Arthur Lira, Valdemar Costa Neto, Eduardo Bananinha, Carluxo Bolsonaro, Flávio Rachadinha e outros exemplos da mesma espécie de bolsonaristas canalhas.

Bolsonaro fala como um canalha. Age como um canalha. Comporta-se como um canalha. Definitivamente, é um canalha.