Depois de trocarem acusações e travar uma corrida para a compra e produção das vacinas contra a Covid-19, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido), agora medem esforços em outro sentido.

Entidades representativas de policiais estaduais e federais pediram a inclusão dos agentes nos grupos prioritários da imunização contra a Covid-19. Doria saiu na frente ao anunciar que a classe deve começar a ser vacinada a partir do próximo dia 5 de abril, o que representa cerca de 180 mil imunizados das Guardas Civis, Polícia Militar, Civil e Científica, além de policiais federais que atuam no estado.

O movimento do governador ao favorecer o setor causou um desconforto ao presidente Bolsonaro, já que os militares são considerados um dos pilares do governo federal.

Em meio aos pedidos de posicionamento de Bolsonaro, o presidente da Frente Parlamentar da Segurança Pública na Câmara dos Deputados, deputado Capitão Augusto (PSL-SP), alertou que ainda não é tarde para o presidente incluir como prioridade a vacinação a policiais em todo Brasil.

“O governo federal acabou ficando para trás. Não se trata de privilégio ou regalia, mais de 30% dos policiais de São Paulo foram infectados pela doença”, ressaltou.

Nesse sentido, a Advocacia-Geral da União (AGU) direcionou ao STF, a última sexta-feira (26), um pedido de inclusão das forças de segurança nos grupos prioritários do plano de imunização

Na última sexta-feira, dia 26, a Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou ao STF pedido de inclusão das forças de segurança entre as prioridades do plano de vacinação.