SÃO PAULO, 9 JUN (ANSA) – O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e seu homólogo brasileiro, Jair Bolsonaro, se reuniram pela primeira vez desde a eleição do democrata nesta quinta-feira (9). O encontro bilateral ocorre em Los Angeles durante a Cúpula das Américas.
Na abertura do encontro transmitida à imprensa, Biden falou que o Brasil é um lugar “maravilhoso” com “instituições fortes” e com “valores compartilhados”. Segundo o norte-americano, Washington quer ajudar o país na recuperação econômica e também tem preocupações climáticas.
“Vocês tentam proteger a Amazônia e acredito que o resto do mundo precisa ajudar a fazer essa preservação porque é uma responsabilidade muito grande. Gostaria de ouvir sua opinião sobre essa questão”, disse Biden a Bolsonaro.
No entanto, o líder brasileiro leu um discurso e não respondeu diretamente ao chefe da Casa Branca. Em sua fala, Bolsonaro voltou a falar do tamanho da Amazônia e das “riquezas da região”.
Em um dos pontos, o presidente afirmou que “algumas vezes nos sentimos ameaçados na soberania naquela região, mas o fato é que nós preservamos” a área, citando números já usados em outros discursos – como na Assembleia das Nações Unidas – e questionados por ambientalistas brasileiros.
Desde o início do mandato de Biden, Bolsonaro já criticou publicamente o norte-americano por suas falas de proteção da Amazônia.
Em outra parte de seu discurso, o mandatário falou das eleições de outubro, dizendo que quer “eleições limpas, auditáveis e com espírito democrático”. Antes do encontro, o governo Biden informou que iria debater o tema eleitoral, já que Bolsonaro ataca constantemente as urnas eletrônicas e questiona o processo do pleito.
Também citou a guerra na Ucrânia e disse que está “rezando” para que o mundo “encontre um caminho de saída para a situação atual” e voltou a atacar as medidas protetivas da Covid-19, atrelando-as à crise econômica vivida no mundo.
Após a fala transmitida ao vivo, os dois se reuniram sem a presença da imprensa, em encontro de cerca de 30 minutos.
(ANSA).