Bolsonaro e a conexão Rio-Brasília
A degradação política do Rio de Janeiro é um processo aparentemente permanente. É como se cada governo fosse mais corrupto que o anterior. Ou, diria o mais otimista, se mantém o padrão de corrupção. É difícil encontrar o momento que o estado passou a ser controlado por práticas antirrepublicanas. Alguns imputam ao primeiro governo Leonel Brizola (1983-1987), que teria impedido a ação policial nas favelas. Esta explicação padece de vários problemas. Um deles é que o assalto ao erário não é produzido nos morros, mas no asfalto. Salvo engano, Sérgio Cabral, por exemplo, não morava no Complexo do Alemão. Assim, como Pezão, os Garotinhos e tantos outros. Sendo assim, o fulcro da questão está no sistema político e nas elites que lá operam. Creio também que não é possível afirmar que o sistema está de tal forma petrificado que qualquer um que seja eleito governador tem de necessariamente se submeter ao status quo. Teríamos, portanto, no Rio de Janeiro o fim da história. Uma repetição enfadonha — e corrupta — no presente do passado, como se a ação dos homens fosse absolutamente inócua. E fadada ao fracasso.
É inegável que a estrutura estatal fluminense foi tomada por diversas organizações criminosas — e de vários matizes, tanto no campo ideológico, como também de origem, algumas vindo da política, outras do mundo do sagrado e, finalmente, àquelas que não esconderam sua matriz criminosa, como a dos milicianos. Este saque organizado da res publica contou com a complacência de poderes instituídos que deveriam, de acordo com o ordenado legal, combatê-lo. Contudo, não foi isto o que ocorreu. E estamos falando de décadas e de situações de pleno conhecimento público.
Esta nefasta forma de exercício da política teve no Rio de Janeiro a sua mais perfeita tradução. O pior é que acabou sendo exportada para outros estados e, inclusive, chegou ao governo federal. Tem hoje no Palácio do Planalto a sua melhor criação, Jair Bolsonaro. Em outras épocas da nossa República seria inexequível imaginar um indivíduo — prefiro não o chamar de cidadão, porque aí teríamos de pensar o conceito que foi moldado em França a partir de 1789 — como Bolsonaro na chefia do Executivo federal. Todavia, a desmoralização da política como espaço privilegiado da pólis, conduziu a um processo de tomada do aparelho de Estado por interesses vinculados à marginalidade — no sentido sociológico. Deu no que estamos vivendo. A tarefa, hoje, é de retomar o Estado e reconstitucionalizar o Brasil.
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