BRASÍLIA, 7 JAN (ANSA) – O ministro da Economia, Paulo Guedes, nomeou nesta segunda-feira (7) os novos presidentes da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, do Banco do Brasil, Rubem Novaes, e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy. O presidente Jair Bolsonaro, que deu posse aos novos dirigentes, discursou durante a cerimônia, que foi realizada no Salão Nobre do Palácio do Planalto, em Brasília.   

“Há pouco, uma das perguntas mais ouvidas era com qual partido político ficaria determinada diretoria dos bancos”, disse o presidente, que destacou que esse seria “um sinal claro de que não poderíamos dar certo na economia”. Ele destacou que Paulo Guedes teve total liberdade para definir os novos presidentes.   

Bolsonaro elogiou Guedes e lembrou que começou a “namorar, no bom sentido” o agora ministro devido ao seu desconhecimento sobre o campo econômico. Ele agradeceu pelo apoio e disse acreditar em complementariedade entre os dois perfis, já que o presidente considera conhecer mais que o economista sobre política.   

“Com poucos dias de governo, não só a caixa preta do BNDES, mas de outros órgãos estão sendo levantados e serão divulgados.   

Muitos contratos foram desfeitos e serão expostos, como o de R$ 44 milhões para criar criptomoeda indígena que foi barrado pela ministra Damares e outros”, escreveu Bolsonaro horas antes da posse, em sua conta no Twitter.   

O presidente se referiu à decisão da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, de suspender um contrato da Fundação Nacional do Índio (Funai) que incluía a elaboração de um mapeamento funcional, criação de banco de dados territoriais e implementação de uma criptomoeda para comunidades indígenas.   

Joaquim Levy é o nome mais conhecido entre os novos presidentes.   

Ex-ministro da Fazenda do governo da ex-presidente Dilma Rousseff e ex-secretário do Tesouro no a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva, Levy terá a missão de tornar a economia brasileira “mais aberta e com mais espaço para o setor privado”.   

Ele defendeu uma mudança na atuação do banco, para que passe a depender menos de recursos públicos e do Tesouro Nacional.   

O novo residente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, é PhD em Economia pela Universidade de Rochester e é especialista em processos de privatizações. O economista tem experiência de mais de 20 anos no mercado financeiro e é um dos sócios do banco de investimentos Plural. Ele resumiu a forma com que pretende conduzir o banco estatal com os três lemas propostos pelo presidente Jair Bolsonaro: “Não podemos errar, mais Brasil e menos Brasília e um legado”.   

Indicado para o comandar o Banco do Brasil, o economista Rubem Novaes é doutor pela Universidade de Chicago e já foi dirigente do BNDES. O novo mandatário destacou que um de seus objetivos será fazer com que o povo volte a sentir orgulho de ser brasileiro. (ANSA)