A insensibilidade de Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, para não dizer pouco caso, com a dor alheia, é típica e própria dos sociopatas mais graves. Durante o auge da pandemia do novo coronavírus, assistimos a uma interminável lista de infâmias e impropérios, os mais variados e insensíveis possíveis, proferidos pelo devoto da cloroquina.

Não é necessário lembrar as falas como ‘e daí?’ e ‘deixem de mimimi’. Ou ‘vão chorar até quando’ e ‘bando de maricas’. Ou ainda, ‘não sou coveiro’ e ‘se morrer, morreu’. E nem vou aqui relembrar as mistificações, crendices e mentiras deliberadas a respeito das vacinas e do fictício tratamento precoce (comprovadamente pura charlatanice).

A covid e a invasão da Ucrânia, pela Rússia, atingiram o mundo inteiro, mas o Brasil conta com uma terrível catástrofe adcional: o desgoverno aloprado, golpista, homicida, corrupto e absurdamente incompetente do amigão do Queiroz. Com tudo junto e misturado, o Brasil é um dos três piores países do mundo em inflação, juros e desemprego.

Por aqui, o dinheiro que falta para o povo abunda nos quartéis, onde viagra, picanha, leite condensado, prótese peniana, cerveja premium e outros luxos, todos superfaturados, são itens servidos à fartura. Além, claro, da lei em benefício próprio, aprovada pelo presidente, que entupiu o bolso dos milicos com centenas de milhares de reais.

Pois bem. A nova cruzada do patriarca do clã das rachadinhas, em prol do deboche e do descaso com o povo brasiliero, sobretudo o mais pobre, veio sob a forma de declarações do tipo: ‘a picanha no Brasil custa a metade do preço do Canadá’. Ou: ‘a gasolina aqui está até barata’. Bom, para quem não paga nada por isso, é barato mesmo.

Nesta quarta-feira (11/5), por exemplo, o ‘mito’ escrachou de vez e mandou ver: ‘apesar da inflação e a questão dos combustíveis, na nossa terra os efeitos são menores’. Na boa, tem de ser muito, mas muito FDP mesmo, para dizer que ficar horas na ‘fila do osso’, para fazer sopa, cozinhar com lenha e iluminar a casa com velas são coisas menores..

Sabe mesmo o que é menor, senhor Bolso Canalha? A sua existência! O seu caráter! A sua índole! A sua dignidade! Menores são suas rachadinhas, os 90 mil reais em ‘micheques’, as motociatas e os passeios milionários, o sigilo do seu cartão corporativo, os bilhões de reais em emendas secretas, as bíblias e barras de ouro de seus pastores corruptos.

Menor é a Presidência da República sob o comando de um golpista asqueroso. Menor é o indulto a um criminoso. Menor é superfaturar vacinas. Menor é comprar o Centrão e parte das Forças Armadas. Menor é nomear seus lacaios para as altas esferas do judiciário do País. Menor, por fim, e principalmente, é a moral de quem ainda apoia e defende você.