O presidente Jair Bolsonaro convocou, na terça-feira, os brasileiros a saírem às ruas no próximo sábado, dia 7 de setembro, vestindo verde e amarelo para mostrar que “aqui é o Brasil” e que “a Amazônia é nossa”.
“A gente apela para quem está nos ouvindo, para quem está em Brasília, quem por ventura estiver no Rio de Janeiro, em São Paulo, que compareça de verde e amarelo. Eu lembro que lá atrás um presidente (Fernando Collor) falou isso e se deu mal. Mas não é o nosso caso. Nosso caso é o Brasil. Não é para me defender, ou defender quem quer que seja. É para mostrar para o mundo que aqui é o Brasil. Que a Amazônia é nossa”.
Bolsonaro fez referência ao presidente da França, Emmanuel Macron, que defendeu um debate sobre a internacionalização da Amazônia, avaliando que essa declaração mexeu com os brasileiros e com a população de outros países da região.
“Um presidente lá do outro lado do Atlântico resolver falar uma coisa que tocou a todos nós, falar em soberania relativa (da Amazônia). Mexeu conosco. Nós, brasileiros, e com os demais países da região amazônica. Nós queremos, sim, tirar uma posição disso. Isso serviu para acordar muita gente no Brasil que nem sabia o que era Amazônia”.
Bolsonaro, que fará uma cirurgia abdominal no domingo, participará por teleconferência da reunião regional para discutir a crise ambiental e diplomática provocada pelos incêndios na Amazônia, prevista para a próxima sexta-feira, na cidade colombiana de Letícia, por iniciativa de Peru e Colômbia.
A convocação para o protesto verde e amarelo foi realizada no Palácio do Planalto, durante o lançamento da “Semana do Brasil”, uma campanha para incentivar descontos e promoções durante os dia 6 e 15 de setembro, por ocasião das comemorações do Dia da Independência.
Segundo o governo, até o momento 4.680 empresas e entidades decidiram participar.