O presidente Jair Bolsonaro é movido pelas forças do mal. Onde há um foco de bondade estará Bolsonaro ali para destruí-lo.

O presidente brasileiro dedica-se a apagar a chama da paixão onde quer que a encontre e a desprezar emoções profundas e de solidariedade que movem a sociedade.

Seu último ataque ao bem e à caridade foi feito em um encontro com seus apoiadores na frente do Palácio do Alvorada, sexta-feira, em Brasília, contra o padre Júlio Lancellotti, inegável protetor dos moradores de rua de São Paulo. Insidioso, ele questionou a seriedade do padre, o chamou de “Padre Pajero” e o colocou sob suspeita. Foi mais um movimento asqueroso de Bolsonaro para achincalhar qualquer iniciativa isenta e humanista de ajuda aos pobres.

Bolsonaro é um cara que chuta santo, que ofende padre, que minimiza a morte de seus semelhantes. Nada mais odioso para ele do que o amor ao próximo. Ficou incomodado porque Lancellotti teve um encontro com Lula, a quem abençoou. Foi mais um lance de ciúme divino do presidente.

Ele não admite que Deus possa estar do outro lado, que seu deus tenha dois chifres e carregue um tridente para espetar nos desafetos ou em qualquer ser humano que demonstre um pouco de caridade na alma. Se o cara quiser fazer uma bondade, a imagem espectral de Bolsonaro emergirá das sombras para dissuadi-lo. Seu objetivo fundamental é boicotar o bem, torná-lo hipócrita.

Mas, diante das passeatas gigantescas que se formaram em várias capitais do País no fim de semana, parece que o mal sucumbirá.

Bolsonaro e seus zumbis motorizados são anjos do inferno que não conseguirão resistir à bondade humana. Há uma luz no horizonte que aponta para o amor e para a virtude, que padre Júlio Lancellotti expressa com perfeição.

Bolsonaro quer obscurecê-la e tratar a vontade caridosa como algo ridículo e suspeito. O presidente, definitivamente, não expressa a índole brasileira e sim um caráter duvidoso e demoníaco que se deleita com o sofrimento alheio.

Diante de uma oposição crescente, ele é incapaz de mostrar que está perdendo e se diz “imorrível, imbroxável e incomível”. Mas, na verdade, ele é inviável, imprestável e intragável.