O presidente demissionário da Caixa, Pedro Guimarães, só deixou o cargo porque quis – a despeito da pressão do consórcio de assaltantes do Centrão para indicar um dos seus ao banco.

Acusado de assédio sexual, segundo o portal “Metrópoles”, Guimarães é o tipo que Bolsonaro adora como subordinado: o machão galanteador.. e é o espelho do chefe imediato Paulo Guedes (Economia), com a sua misoginia notória como críticas às feições da primeira-dama da França ou às empregadas domésticas.

Em 2019, Guimarães teria sido flagrado por um motorista aos beijos e carinhos (consentidos) com uma das assistentes, dentro do carro oficial na garagem da sede da Caixa. O episódio narrado à Coluna não veio à tona, e como a testemunha se calou, não publicado. UmTwitter daquele ano na @colunaesplanada alertou para o episódio sem citar nomes. Mas não foram só as suspeitas de amassos oficiais (e extraoficiais) que derrubaram o chefão do banco.

Economistas da própria Caixa insatisfeitos com a gestão apontam, entre portas, que Guimarães maquiou números elevados divulgados ao presidente e ao mercado, adicionando vendas de ativos como lucros alcançados em operações de rotina. Só para fugir da linguagem técnica: Guimarães deu uma pedalada nas contas.

O caso chegou a Guedes e ao presidente Bolsonaro, que não quer bomba estourando em seu colo a poucos meses da eleição. As acusações de assédio vieram em boa hora para se livrarem de uma iminente bomba que pode estourar.

Mas Bolsonaro gosta do rapaz. E morre de rir dessas situações. Quando saiu na mídia a citação de que Damares Alves tinha caso com um pastor casado – a ministra da Família dando esse exemplo.. – o presidente a recebeu no gabinete e foi logo avisando ao garçom: Cuidado aí com a Damares que ela gosta de um carequinha hei… Em alusão à calvície ao suposto amante.