Em mais uma daquelas ‘lives’ pavorosas, o inquilino do Planalto, cada vez mais parecido com psicopatas americanos que disparam a esmo contra as pessoas, mandou chumbo sem mirar.

Ao lado do ministro ‘pop-star’ do bolsonarismo, Tarcísio de Freitas, do Ministério da Infraestrutura, o devoto da cloroquina soltou alguns dos seus piores e mais virulentos demônios internos.

Chamou Lula de “ladrão de nove dedos”, receitou cloroquina e ivermectina – outra vez -, chamou FHC de “vagabundo”, mentiu descaradamente a meu respeito. Sim, a meu respeito.

Mas não só, porém. No pior (dos piores) momento, ofendeu mais da metade dos brasileiros chamando-os de vermes: “a esquerda não toma ivermectina porque mata os vermes que são.

SEXTA-FEIRA

Mas o amigão do Queiroz não exorcizou todos os capetas na quinta, não. Ou guardou alguns para o dia seguinte ou seu estoque é infinito, pois na sexta-feira (21) ele continuou.

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Atacou novamente Lula e FHC, chamando-os de dupla “Ladrão e Vagabundo”. E em mais um passeio inútil, agora no Maranhão, chamou o governador Flávio Dino (PCdoB) de “gordinho comunista”.

Obviamente não se furtou, como de costume, em causar aglomeração, não usar máscara e até admoestar um admirador que não o cumprimentou com um aperto de mãos, mas com um soquinho.

Ao final do dia, para encerrar uma semana ‘especialmente gloriosa’ para os padrões morais do bolsonarismo, atacou mais uma vez a CPI da Covid, inclusive seu presidente, Omar Aziz(PSD-AM).

OS INIMIGOS SÃO TODOS

O pai do senador das rachadinhas e da mansão de seis milhões de reais não distingue partido, ideologia, cor, credo, gênero ou etnia. Quem não se ajoelhar para o ‘mito’ deverá ser exterminado.

Bolsonaro e sua matilha raivosa não guerreiam contra Lula ou as esquerdas; eles guerreiam contra tudo e contra todos que se pareçam com civilidade, liberdade, democracia, pluralidade e tolerância.

O maníaco do tratamento precoce conhece apenas ódio e destruição como formas de política. Ou ofende, ou criminaliza, ou desrespeita os adversários. Quando não raro, humilha, debochando de traços físicos.

A história mundial está repleta de personagens abjetas e macabras. Até a posse de Bolsonaro como presidente da República, o Brasil havia escapado ileso. A partir de então, passamos a figurar nessa lista fúnebre.


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