27/04/2020 - 14:56
SÃO PAULO, 27 ABR (ANSA) – Em uma entrevista coletiva no Palácio da Alvorada, o presidente da República, Jair Bolsonaro, disse nesta segunda-feira (27) que o ministro Paulo Guedes é o “homem que decide a economia” no Brasil.
A declaração de Bolsonaro foi uma tentativa de mostrar que o governo está unido, já que o chefe de Estado brasileiro apareceu ao lado de alguns ministros, como Guedes (Economia), Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) e Tereza Cristina (Agricultura), além de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central.
“Acabei mais uma reunião aqui tratando de economia. E o homem que decide a economia do Brasil é um só: chama-se Paulo Guedes.
Ele nos dá o norte, nos dá recomendações e o que nós realmente devemos seguir”, disse Bolsonaro.
Em seguida, Guedes declarou que o país “vai surpreender” e destacou que a economia “vai pegar em V”. O ministro também afirmou que o Brasil está “no caminho da prosperiedade” e “não do desespero”.
“Seguimos firmes em nossos compromissos. A economia vai pegar em V, nós vamos surpreender o mundo de novo. Ano passado nós surpreendemos o mundo, milhões de pessoas na França contra a reforma da previdência e milhões de brasileiros nas ruas a favor das reformas”, disse o ministro da Economia.
Na última semana, nenhum membro da equipe econômica, inclusive Guedes, marcou presença no lançamento do plano “Pró-Brasil”, que mira uma retomada da economia brasileira em meio à pandemia do novo coronavírus. O episódio pode ter desgastado a relação entre Bolsonaro e o ministro.
“O programa Pró-Brasil são estudos na área de infraestrutura, de construção civil, são estudos adicionais para ajudar nessa arrancada de crescimento. Isso vai ser feito dentro dos programas de recuperação de estabilidade fiscal”, disse Guedes.
A coletiva também acontece pouco tempo depois da saída do ex-juiz Sergio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Na oportunidade, Bolsonaro foi acusado de ter tentado interferir politicamente na liderança da Polícia Federal para obter acesso a informações sigilosas e relatórios de inteligência.(ANSA)