O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira, em reunião com empresários, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, que o País vai continuar no Acordo de Paris, o tratado assinado por 195 países para estabelecer esforços conjuntos para tentar conter o aumento da temperatura do planeta a menos de 2°C até o final do século.

Ele deu a declaração após ser cobrado pelos empresários sobre o que ele pretendia fazer sobre o problema das mudanças climáticas. Além de falar que fica no acordo, disse que não vai aceitar ser acusado de ser responsável por degradação ambiental. Depois, a jornalistas, o presidente disse apenas: “Por ora, será mantido”.

O Estado apurou, junto ao Itamaraty, que deverão, porém, ser cobradas contrapartidas. Entre elas, a de que os países desenvolvidos cumpram a promessa de dar US$ 100 bilhões ao ano, a partir de 2020, para ajudar os países em desenvolvimento a fazer sua transição para uma economia de baixo carbono.

Na reunião com empresários, que tinha representantes da Nestlé, Arcelor Mittal, Embraer e de bancos internacionais, o presidente também foi questionado sobre Amazônia e sobre a situação dos povos indígenas. Segundo empresários presentes à reunião, Bolsonaro disse que o fato de haver mudanças no governo na área indígena não significa que os povos serão prejudicados. Em um dos primeiros atos do governo, a tarefa de demarcação de terras indígenas passou da Funai para o Ministério da Agricultura.