Jair Bolsonaro (PL) decidiu permanecer no STF (Supremo Tribunal Federal) para a sessão desta terça-feira, 25, do julgamento que poderá torná-lo réu na corte, ao lado de sete aliados, por uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Bolsonaro entrou no tribunal alguns minutos antes do início da sessão, acompanhado do seu advogado, Celso Vilardi. Ele sentou na primeira fila, diante da área dos juízes, onde permanece durante as falas do processo.
“Trata-se da maior perseguição político-judicial da história do Brasil, motivada por inconfessáveis desejos, por vaidades e por claros interesses políticos de impedir que eu participe e ganhe a eleição presidencial de 2026”, escreveu o político em uma mensagem enviada a aliados durante a manhã.
Acompanhe abaixo:
O que está em jogo
A Primeira Turma do STF começa a julgar o recebimento das denúncias oferecidas pela PGR (Procuradoria-Geral da República) contra Jair Bolsonaro (PL) e outras sete pessoas pela participação no principal núcleo de uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, descoberta pela Polícia Federal.
A primeira sessão marcada para analisar o caso começará às 9h30. Os ministros voltarão a julgar o mérito das denúncias ainda nesta terça, às 14h30, e novamente na quarta-feira, 26, às 9h30. Todas as sessões serão transmitidas ao vivo pelos canais públicos da TV Justiça e do STF no YouTube.
Vale lembrar que a pauta desse julgamento não são os crimes que supostamente foram cometidos pelo núcleo golpista, mas o acolhimento do material enviado pela PGR. Se a Primeira Turma formar maioria pela aceitação, um processo criminal é instaurado na corte, tornando Bolsonaro e os sete aliados réus pelas denúncias de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Quem são os denunciados do núcleo
- o ex-presidente Jair Bolsonaro;
- o ex-diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Alexandre Ramagem;
- o ex-comandante da Marinha do Brasil, Almir Garnier Santos;
- o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres;
- o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, General Augusto Heleno;
- o ex-chefe da Ajudância de Ordens da Presidência, Mauro Cid;
- o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira;
- o ex-ministro da Casa Civil, Walter Souza Braga Netto.
Quem são os ministros que julgam o recebimento
- Alexandre de Moraes;
- Cármen Lúcia;
- Cristiano Zanin;
- Flávio Dino;
- Luiz Fux.