Dizem que duas coisas são certas na vida: a morte e os impostos. Eu acrescentaria mais uma dúzia, no mínimo. Dentre elas, a certeza de que um político jamais pensará em seus eleitores em primeiro lugar (e em segundo e terceiro também, hehe). Populistas, então, muito menos. Estes são, justamente, a subespécie mais cretina da… espécie.

Historicamente, no Brasil e mundo afora, líderes populistas usam e abusam de seus fanáticos comandados. Servem-se deles como laranjas, que chupam o sumo e cospem o bagaço. Uma vez inúteis aos propósitos pessoais, a lixeira será o destino dos incautos, e Bolsonaro, agora, não inovaria como claramente não está inovando.

Em janeiro de 2021, uma turba violenta de extrema direita, apoiada por Donald Trump, invadiu o Capitólio, em Washington (EUA), deixando centenas de feridos e causando a morte de cinco pessoas. Enfurecidos com o resultado das eleições, cerca de mil pessoas, acreditando na fraude, “denunciada” pelo republicano, partiram para o “tudo ou nada”.

Enquanto o pau quebrava no Congresso americano, o bufão alaranjado assistia a tudo, seguro e confortável, de seu gabinete na Casa Branca, a cerca de três quilômetros do conflito. Nos dias seguintes, em meio às dezenas de prisões, Trump viajou para sua casa de praia, na Flórida, ao lado de sua esposa. Os seguidores presos? Azar o deles, ué.

Hoje pela manhã, dezenas de terroristas bolsonaristas, que atearam fogo em ônibus, depredaram patrimônio público, barbarizam as ruas de Brasília e tentaram invadir a Polícia Federal, foram presos por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Anteriormente, três outros golpistas já haviam sido detidos. Novas prisões certamente virão.

Atualmente, nos EUA, por conta da invasão ao Congresso, 725 pessoas encontram-se presas. Pergunto: Alguém recebeu apoio, ou mesmo uma ligação de um assessor, de Donald Trump? Quando a tal Sara Winter, que apelidei “a noiva do Chucky”, foi presa por atentar contra o Supremo, Bolsonaro, ou seus filhos, apareceram para ajudá-la?

Os “patriotários”, levados pela PF nesta quinta-feira (29), passarão o réveillon em cana enquanto o “mito” comerá peru nos Estados Unidos e seus filhos, ao lado de suas famílias, jactar-se-ão em mesas fartas e festas sorridentes. Os bolsonaristas, como os trumpistas, entenderão o papel de “idiotas úteis” que realizaram durante todo este tempo.

Em agosto de 2016, uma cena abjeta se tornou, digamos, exemplar para mim. No gramado que circunda o Congresso Nacional, em Brasília, a Polícia Militar do DF batia, sem dó nem piedade, nos militantes petistas que protagonizavam um quebra-quebra por causa da votação do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Enquanto isso, assim como Trump, da segurança e conforto de seus gabinetes, dirigentes petistas assistiam a tudo, impassíveis, comendo salgadinhos e bebendo refrigerantes. Seus bate-paus tomando borrachada e gás de pimenta nas fuças, e eles comendo pipoca em seus sofás. Peço que releiam o primeiro parágrafo deste texto e me darão total razão.