Após a tentativa de golpe militar na Bolívia, na quarta-feira, 26, bolsonaristas declararam apoio a atitude do general Juan José Zúñiga no país vizinho e ainda usaram o episódio para relativizar os atos golpistas do 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília (DF).

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Por meio de uma publicação no X (antigo Twitter), o deputado federal Ricardo Salles escreveu: “Na Bolívia, as melancias têm coragem”.

A líder da minoria na Câmara dos Deputados, Bia Kicis (PL-DF), comemorou a tentativa de golpe na Bolívia. “Golpe de estado na Bolívia? Se não tem velhinhas com a bíblia na mão, cabeleireiras armadas com batom, famílias cantando o hino nacional e rezando, não é golpe!”, completou nas redes sociais.

Outros bolsonaristas usaram o episódio para mandar indiretas ao STF (Supremo Tribunal Federal), como o senador Rogério Marinho (PL-RN) que disse nas redes sociais: “Bom o STF e grande parte da imprensa brasileira entenderem a diferença de um golpe e uma baderna”.

Golpe na Bolívia

O general Juan José cercou o palácio presidencial por horas com tropas e veículos blindados. O militar afirmou que estava ali para “expressar seu descontentamento” e que precisava haver uma troca ministerial. Ainda ressaltou que soltaria “prisioneiros políticos”, incluindo a ex-presidente Jeanine Áñez, condenada a 10 anos de prisão por organizar um golpe de estado contra o ex-mandatário Evo Morales, em 2019.

Alguns horas depois, o general foi preso por liderar a tentativa golpista e disse a jornalistas que teria agido a mando do presidente boliviano, Luis Arce, que supostamente queria realizar um autogolpe para aumentar a sua popularidade com a população, visto que pretende disputar as eleições em 2025.