Um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) levantou acampamento nas redondezas da Praça dos Três Poderes. Eles estão convocando a população para invadir o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). As informações são do portal Congresso em Foco.

Entre os manifestantes estão Marcelo Stachin, que tem participado de campanhas pela criação da Aliança Pelo Brasil, partido que Bolsonaro vem tentando fundar desde que deixou o PSL, e Paulo Felipe que afirma, por meio das redes sociais, que a invasão dos Poderes conta com o apoio de militares da reserva.

“Nós temos um comboio organizado para chegar a Brasília até o final dessa semana, no dia 8 de maio de 2020. Pelo menos com 300 caminhões, muitos militares da reserva, muitos civis, homens e mulheres, talvez até crianças, para virem para cá para Brasília, para nós darmos cabo dessa patifaria que está estabelecida no nosso país há 35 anos, por aquela casa maldita ali, Supremo Tribunal Federal, com 11 gângster, que têm destruído a nossa nação. São aliados com o Foro de São Paulo e o narcotráfico internacional”, diz Paulo em vídeos publicados na terça-feira (5) e na quinta-feira (7) no Facebook.

https://www.facebook.com/100026441190139/videos/555092688715433/?t=0

Instalado nos arredores da Praça dos Três Poderes, Marcelo e Paulo estão participando do acampamento “300 do Brasil”, em apoio a Bolsonaro. O grupo costuma usar fardamento militar e enviar mensagens com ataques ao Legislativo e Judiciário e de apoio ao presidente.

Em outro vídeo, Paulo aparece afirmando que está aguardando para o dia 8 um comboio que virá do país inteiro. “Se você realmente não puder vir, quando chegar o dia D, onde nós vamos invadir o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, saia para as ruas, chame seus vizinhos, pegue uma bandeira do Brasil, se manifeste”, diz.

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A reportagem do Congresso em Foco procurou o Ministério da Defesa que informou por meio de nota que “a segurança pública e a proteção do patrimônio público constituem atribuições dos órgãos de segurança pública estadual e federal. A apuração de crimes e a prevenção para que crimes não venham ocorrer também constituem atribuições dos órgãos de segurança pública”.

“Quanto a eventual e suposta participação de militares da reserva, o MD entende que estes militares são responsáveis pelos seus atos e respondem nos termos da legislação vigente”, informou a pasta. “As Forças Armadas, enquanto instituições de Estado, não apoiam nenhum movimento social ou político, de qualquer natureza”, concluiu o ministério.


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