As bolsas europeias operam em alta nesta manhã, favorecidas por sinais de que Estados Unidos e China estão mais próximos de um acordo comercial. Os ganhos, porém, são limitados por incertezas em torno do Brexit, como é conhecido o processo para que o Reino Unido se retire da União Europeia. Mais tarde, a primeira-ministra britânica, Theresa May, vai submeter o acordo de Brexit fechado com a UE a votação pela terceira vez. Desde o começo do ano, os parlamentares britânicos rejeitaram duas propostas anteriores.

Funcionários de alto escalão dos governos dos EUA e China encerraram hoje em Pequim uma rodada de dois dias de discussões comerciais, numa tentativa de reverter a guerra tarifária em que as duas maiores economias do mundo estão envolvidas desde meados do ano passado. Na próxima semana, o diálogo irá se transferir para Washington.

Segundo a Bloomberg, negociadores dos dois lados discutiram minuciosamente o texto de um acordo comercial que possa ser submetido aos presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping. A reunião dos últimos dois dias teria o objetivo de garantir que não houvesse discrepâncias nas versões do texto em inglês e mandarim.

Ontem, surgiram relatos também de que a China teria feito ofertas “sem precedentes” nas conversas com os EUA, inclusive para tratar o espinhoso assunto da transferência forçada de tecnologia, que está no cerne da atual disputa sino-americana.

A questão do Brexit, porém, restringe o ímpeto comprador nas bolsas europeias. Os indícios são de que o Parlamento britânico voltará a rejeitar hoje o acordo de divórcio selado entre May e a UE, ainda que a premiê tenha oferecido renunciar em troca da aprovação da proposta.

Entre indicadores europeus divulgados hoje, há mais notícias positivas do que negativas.

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Na Alemanha, maior economia da zona do euro, as vendas no varejo tiveram uma inesperada alta de 0,9% em fevereiro ante janeiro. Analistas previam queda de 0,8% nas vendas. Já no Reino Unido, o avanço do Produto Interno Bruto no quarto trimestre de 2018 foi confirmado em 0,2% ante o anterior, mas o acréscimo anual no período foi ligeiramente revisado para cima, de 1,3% para 1,4%. Na Espanha, por outro lado, o PIB cresceu um pouco menos do que originalmente estimado: 0,6% no quarto trimestre ante o terceiro e 2,3% comparado a igual período do ano anterior.

Às 7h52 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,34%, a de Paris avançava 0,59% e a de Frankfurt se valorizava 0,42%. Em Milão, Madri e Lisboa, os ganhos eram de 0,48%, 0,57% e 0,22%, respectivamente. No mercado de câmbio, a libra subia a US$ 1,3084, de US$ 1,3057 no fim da tarde de ontem, após atingir mínima intraday de US$ 1,3002, mas o euro recuava levemente a US$ 1,1222, de US$ 1,1225 na véspera. Com informações da Dow Jones Newswires.


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