As bolsas europeias operam majoritariamente em alta na manhã desta quarta-feira, em meio a crescentes esperanças de que Estados Unidos e China poderão garantir um acordo comercial que encerre a rixa iniciada em meados do ano passado. A questão do “Brexit”, porém, continua pesando no sentimento dos investidores na Europa. Hoje, a primeira-ministra britânica, Theresa May, se reúne em Bruxelas com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, para tentar rever os termos do acordo de divórcio entre o Reino Unido e a União Europeia.

O presidente dos EUA, Donald Trump, deu nova sinalização ontem de que deseja fechar um acordo comercial com a China. Ele disse que as negociações comerciais sino-americanas que ocorrem esta semana em Washington estão indo bem e que o prazo de 1º de março para que os dois lados cheguem a um acordo não é uma “data mágica”.

Teoricamente, americanos e chineses têm até o primeiro dia de março para selar um pacto, de modo a evitar que a Casa Branca eleve tarifas sobre mais US$ 200 bilhões em produtos chineses no dia seguinte, de 10% para 25%. Trump, contudo, vem sinalizando que poderá adiar esse prazo desde a semana passada.

Em Bruxelas, May terá reunião hoje com Juncker para mais uma vez tentar obter concessões para o acordo do Brexit e torná-lo mais palatável ao Parlamento britânico. No começo da semana, sete parlamentares abandonaram o Partido Trabalhista britânico, de oposição, por discordar da forma como o líder da legenda, Jeremy Corbyn, vem lidando com a questão do Brexit. Há rumores de que mais trabalhistas poderão deixar a legenda hoje.

A agenda de indicadores da Europa está relativamente esvaziada hoje. Na Alemanha, foi divulgado que a taxa anual de inflação ao produtor desacelerou levemente entre dezembro e janeiro, de 2,7% para 2,6%. Mais tarde, está previsto dado preliminar sobre o índice de confiança do consumidor da zona do euro.

O economista-chefe do BCE, Peter Praet, disse hoje que a instituição permanece confiante de que a inflação da zona do euro convergirá de forma sustentável para sua meta, que é de uma taxa ligeiramente inferior a 2%, uma vez que a economia da região continua forte, apesar da desaceleração recente.

Já às 16h (de Brasília), quando as bolsas europeias já estarão fechadas, as atenções vão se voltar para a ata da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) referente ao mês passado. A expectativa é que o documento reforce a postura do Fed de que será paciente antes de voltar a elevar juros. No ano passado, o BC americano aumentou juros em quatro ocasiões.

Às 7h10 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,11%, a de Frankfurt exibia alta de 0,34% e a de Paris avançava 0,13%. Em Madri e em Lisboa, os ganhos eram de 0,33% e 0,14%, respectivamente. Exceção, o mercado em Milão recuava 0,15%. No câmbio, o euro se mantinha estável em relação ao fim da tarde de ontem, negociado a US$ 1,1346, mas a libra se enfraquecia a US$ 1,3031, de US$ 1,3067 ontem. Com informações da Dow Jones Newswires.