As bolsas europeias operam sem direção única nesta manhã, após indicadores econômicos da região e um tombo nos mercados chineses, com liquidez reduzida em meio ao feriado do Dia de Ação de Graças nos EUA.
Os negócios na Europa começaram o dia em tom negativo na esteira do fechamento das bolsas chinesas, que hoje caíram mais de 2% diante de preocupações com esforços de Pequim para reforçar a regulação de serviços financeiros. O Xangai Composto, principal índice acionário da China, teve hoje a maior queda desde dezembro do ano passado e encerrou o pregão no menor nível em dois meses.
Dados positivos da zona do euro, no entanto, trouxeram algum alento, ajudando alguns mercados europeus a apagar perdas de mais cedo. Prévia da IHS Markit mostrou que o índice de gerentes de compras (PMI) composto do bloco subiu de 56 em outubro para 57,5 em novembro, atingindo o maior nível em 79 meses. A previsão de analistas era de estabilidade do indicador. A surpresa com o PMI impulsionou o euro à máxima do dia.
Também foram publicadas revisões de crescimento econômico da Alemanha e do Reino Unido. O PIB alemão teve expansão de 0,8% no terceiro trimestre ante o segundo e de 2,8% ante igual período do ano passado. Já a economia britânica cresceu 0,4% entre julho e setembro ante o trimestre anterior e mostrou avanço de 1,5% no confronto anual. Em ambos os casos, os números confirmaram estimativas preliminares.
Investidores do continente europeu também repercutem a ata da ultima reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Na ata, o Fed voltou a sinalizar ontem que pretende elevar juros por uma terceira vez este ano, em dezembro. A ata, porém, também revelou a preocupação de dirigentes do BC americano com a tendência de inflação baixa nos EUA.
O feriado de hoje nos EUA mantém os mercados locais fechados, o que tende a prejudicar o volume de negócios na Europa.
Nas próximas horas, o foco irá mudar para a ata do último encontro do Banco Central Europeu (BCE), que em outubro anunciou detalhes de como reduzirá as compras mensais de ativos do seu programa de relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês) a partir de janeiro. O documento será publicado às 10h30 (de Brasília).
A Bolsa de Londres caía 0,16% às 8h44 (de Brasília), enquanto a de Paris avançava 0,39% e a de Frankfurt tinha baixa de 0,05%. Já o mercado espanhol mostrava alta de 0,48%, o de Milão subia 0,11% e o de Lisboa registrava perda marginal de 0,02%. No mesmo horário, o euro se fortalecia a US$ 1,1841, após tocar a máxima intraday de US$ 1,1847 em reação ao PMI da zona do euro, enquanto a libra recuava a US$ 1,3305.
No noticiário corporativo, destaque para a ThyssenKrupp, que hoje divulgou seu balanço do ano fiscal de 2017, encerrado em setembro. No período, o grupo industrial alemão teve prejuízo líquido de 649 milhões de euros, revertendo lucro de 296 milhões de euros do ano anterior. A perda foi atribuída a uma baixa contábil relacionada à venda da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), que fica no Rio de Janeiro. Por outro lado, o Ebit ajustado da ThyssenKrupp subiu 30% no ano fiscal, enquanto as vendas cresceram 9,4%. Em Frankfurt, a ação da empresa tinha alta de cerca de 1%. Com informações da Dow Jones Newswires.