As bolsas europeias operam em alta significativa na manhã desta sexta-feira, procurando apagar perdas recentes, um dia depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar que o surto de coronavírus iniciado na China ainda não é uma “emergência global” e na esteira de dados que sugerem recuperação da atividade na região.

Após uma semana de aversão a risco alimentada pela disseminação do coronavírus, que infectou 830 pessoas na China e provocou ao menos 25 mortes, investidores receberam positivamente a relutância da OMS ontem de classificar a epidemia como assunto de preocupação global.

Na Ásia, as poucas bolsas que operaram fecharam em leve alta hoje, também em reação à OMS. Na China, não houve negócios com ações por causa do feriado do ano-novo lunar, que vai se estender até a quinta-feira (30).

Investidores também digerem uma série de indicadores de atividade europeus. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro ficou estável em janeiro ante dezembro, em 50,9, frustrando expectativas de avanço do indicador a 51,1, segundo pesquisa preliminar da IHS Markit. Os PMIs da Alemanha e do Reino Unido, por outro lado, subiram mais do que o esperado.

Também continua no radar a reunião anual do Fórum Econômico Mundial, que termina hoje em Davos, na Suíça. Daqui a pouco, a partir das 7h30 (de Brasília), a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, e a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, participam de painel do evento.

Às 7h18 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 1,62%, a de Frankfurt avançava 1,29% e a de Paris se valorizava 1,32%. Já as de Milão, Madri e Lisboa tinham ganhos de 1,18%, 1,04%, 0,89% respectivamente. No câmbio, o euro se enfraquecia a US$ 1,1034, de US$ 1,1058 no fim da tarde de ontem, e a libra recuava a US$ 1,3104, de US$ 1,3122 ontem.