As bolsas europeias operam em alta firme deste a abertura dos negócios desta segunda-feira, na esteira de um rali acionário na China e com investidores focando a perspectiva de recuperação econômica, após indicadores positivos da região, e avanços de possíveis tratamentos para o coronavírus. O bom humor predomina apesar de sinais de aceleração da pandemia no mundo e, em particular, nos EUA.

Os ganhos na Europa vieram após o forte desempenho das bolsas da China. Lá, um sentimento de que sinais de recuperação econômica levarão a um “bull market” (mercado com tendência de alta) levou o índice Xangai Composto a saltar 5,71% hoje, assegurando seu maior ganho diário desde 2015 e atingindo o maior nível desde o começo de 2018.

A economia da zona do euro também vem dando indícios de que está, aos poucos, superando o violento choque inicial do coronavírus. As vendas do setor varejista do bloco deram um salto recorde de 17,8% na comparação mensal de maio, maior do que o acréscimo de 14% esperado por analistas. O resultado, porém, ainda não foi suficiente para reverter totalmente as fortes perdas registradas em março e abril.

Apenas na Alemanha, a maior economia europeia, as encomendas à indústria subiram 10,4% em maio ante abril, mas a projeção do mercado era ainda mais otimista, de alta de 15%.

Há também expectativas de que surja um medicamento viável para combater a covid-19. Na sexta-feira (03), a Comissão Europeia concedeu “autorização condicional” para o remdesivir, droga antiviral desenvolvida pela biofarmacêutica americana Gilead Sciences, ser utilizado no tratamento do coronavírus na União Europeia.

O apetite por risco prevalece hoje apesar do avanço da pandemia. No sábado (04), a Organização Mundial da Saúde (OMS) relatou um novo recorde de novos casos de infecção por covid-19 no mundo em 24 horas, de mais de 212 mil. E a situação da doença nos EUA vem sem agravando, com destaque para a Flórida no fim de semana.

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Às 7h36 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 1,97%, a de Frankfurt avançava 1,82% e a de Paris se valorizava 1,77%. Já em Milão, Madri e Lisboa, os ganhos eram de 1,85%, 2,59% e 1,29%, respectivamente. No câmbio, o euro se fortalecia a US$ 1,1294, de US$ 1,1247 na sexta-feira, e a libra seguia a mesma direção, cotada a US$ 1,2488, ante US$ 1,2478 na sexta. Com informações da Dow Jones Newswires.


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