As bolsas europeias operam em alta desde a abertura, recuperando-se de fortes perdas de ontem, mas perderam parte do fôlego após dados melhores que o esperado da zona do euro sugerirem que pode estar se aproximando o momento de o Banco Central Europeu (BCE) começar a retirar estímulos monetários.

Segundo prévia da Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia, o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro cresceu 0,5% no quarto trimestre ante o anterior e registrou expansão anual de 1,8%. Analistas previam ganho trimestral de 0,4% e acréscimo anual de 1,7%.

Já a inflação ao consumidor anual da zona do euro acelerou para 1,8% em janeiro, de 1,1% em dezembro, alcançando o maior nível desde fevereiro de 2013. Com isso, a inflação do bloco se aproximou mais da meta do Banco Central Europeu (BCE), que é de uma taxa ligeiramente inferior a 2,0%.

Além disso, a taxa de desemprego da zona do euro caiu para 9,6% em dezembro, de 9,7% em novembro, atingindo o menor patamar desde maio de 2009, de acordo com a Eurostat.

Embora indiquem que a área da moeda única continua em recuperação, os números favoráveis também ajudam a alimentar a especulação de que o BCE pode estar em posição mais confortável para reverter sua política monetária ultra-acomodatícia, que inclui taxas de juros em mínimas históricas e compras mensais de bilhões de euros em ativos, principalmente de bônus soberanos.

No pregão anterior, as bolsas da Europa tiveram fortes quedas, em reação à polêmica causada por um decreto do presidente dos EUA, Donald Trump, para restringir a entrada de imigrantes e refugiados. Embora a manhã seja de recuperação, o assunto continua no radar dos investidores. Durante a madrugada, Trump demitiu a procuradora-geral interina do país, Sally Yates, por ter criticado as medidas anti-imigração.

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Às 9h (de Brasília), a valorização era generalizada nas principais bolsas europeias, mas menos vigorosa do que mais cedo. Em Londres, o FTSE-100 subia 0,49%, enquanto em Paris, o CAC-40 avançava 0,33%, e em Frankfurt, o DAX ganhava 0,19%. Entre mercados considerados periféricos na Europa, Madri, Milão e Lisboa tinham altas de 0,36%, 0,34% e %0,37, respectivamente. No câmbio, o euro se fortalecia, a US$ 1,0701, mas a libra esterlina recuava, a US$ 1,2427. Com informações da Dow Jones Newswires.


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