As bolsas europeias operam sem direção única desde o começo dos negócios desta terça-feira, enquanto investidores monitoram medidas de estímulo de bancos centrais e de grandes países para afastar o risco de uma recessão global em meio a incertezas comerciais.

A China reduziu taxas de referência de empréstimos hoje – como parte de uma reforma de seu sistema de juros -, num esforço para aliviar os custos de financiamento de empresas que sofrem os efeitos da desaceleração econômica causada pela prolongada disputa comercial de Pequim com os Estados Unidos.

Já a Alemanha sinalizou no fim de semana que poderá ampliar gastos para evitar uma eventual recessão técnica. No segundo trimestre de 2019, o Produto Interno Bruto (PIB) da maior economia europeia sofreu contração de 0,1% ante os três meses anteriores.

Antes disso, na semana passada, o presidente do Banco da Finlândia e membro do conselho do Banco Central Europeu (BCE), Olli Rehn, disse que o BCE anunciará um pacote de medidas de estímulo monetário na sua reunião de setembro que deve superar as expectativas de investidores. Rehn também comentou que o BCE está determinado a agir se a inflação da zona do euro permanecer abaixo da meta oficial, que é de uma taxa ligeiramente inferior a 2%.

Ontem, números da agência de estatísticas Eurostat mostraram que a inflação anual ao consumidor da zona do euro desacelerou de 1,3% em junho para 1% em julho. A taxa anual de inflação ao produtor da Alemanha também perdeu força, de 1,2% para 1,1% no mesmo período, de acordo com pesquisa divulgada mais cedo pela Destatis, o órgão de estatísticas local.

Investidores também continuam atentos à rixa comercial sino-americana. Os EUA decidiram ontem estender por 90 dias a licença para a gigante de telecomunicações chinesa Huawei comprar suprimentos de empresas americanas. Há expectativa também de que autoridades dos EUA e China conversem via teleconferência até a semana que vem.

Às 7h03 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,43%, enquanto a de Paris avançava 0,20% e a de Frankfurt tinha alta marginal de 0,01%. Já em Milão, Madri e Lisboa, o viés era de baixa, com perdas de 0,43%, 0,31% e 0,05%, respectivamente.

No noticiário de empresas, destaque negativo para a anglo-australiana BHP, cuja ação caía 0,7% em Londres após a maior mineradora do mundo em valor de mercado divulgar lucro subjacente abaixo do esperado para o ano fiscal encerrado em junho. Com informações da Dow Jones Newswires.