Os mercados acionários de Nova York fecharam em forte queda nesta quinta-feira, 1º de agosto, em meio ao aumento da percepção de risco. Dados econômicos fracos elevaram temores em relação à desaceleração da economia dos EUA, ainda que chancelem cortes de juros à frente. Tensões geopolíticas também ficaram no radar.

O índice Dow Jones fechou em queda de 1,21%, a 40.347,97 pontos; o S&P 500 perdeu 1,37%, a 5.446,68 pontos; o Nasdaq recuou 2,30%, a 17.194,15 pontos. O índice VIX subia 13,69% perto do fechamento, tendo atingido maior nível desde abril na máxima do dia.

O avanço nos pedidos de auxílio-desemprego e a queda em duas leituras de índices de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) ajudaram a consolidar aposta de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) cortará juros neste ano. No entanto, operadores começaram a demonstrar também preocupação de que a maior economia do planeta entre em recessão.

A cautela foi amplificada pelas tensões geopolíticas, depois que o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, que prometeu uma “resposta real e estudada” ao assassinato do seu principal comandante por Israel. Ações de bancos, petrolíferas e empresas ligadas ao setor aéreo foram particularmente afetadas.

Os participantes do mercado ficaram decepcionados com a falta de convicção do presidente do Fed, Jerome Powell, conforme observou relatório da Oanda nesta quinta. Muitos esperavam uma garantia para um corte de taxa em setembro, o que não ocorreu.

Segundo a análise, isso pode ocorrer porque haverá mais dois lançamentos de inflação ao consumidor antes da reunião de setembro do Fed, “o que pode dar a eles mais confiança em relação a um corte de taxa”.

Apesar do tom negativo que se espalhou por Wall Street, a ação da Meta avançou 4,82%, após balanço da empresa superar expectativas do mercado.