As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta terça-feira, 31, após uma abertura mista, no aguardo da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), na quarta-feira, e digerindo dados mistos de emprego e de confiança do consumidor, bem como balanços corporativos. Entretanto, no mês, as bolsas registram queda, diante da força dos rendimentos dos Treasuries em outubro.

O índice Dow Jones subiu 0,38%, aos 33.052,61 pontos, o S&P 500 avançou 0,65%, aos 4.193,78 pontos e o Nasdaq fechou em alta de 0,48%, aos 12.851,24 pontos. Todos os 11 subíndices do S&P 500 subiram, com alta liderada pelos setores imobiliário (2,03%) e financeiro (1,09%).

Entre os indicadores desta terça, o índice de custo de emprego dos Estados Unidos avançou 1,1% no terceiro trimestre ante o anterior, acima da projeção de 1,0% dos analistas. Entretanto, a Capital Economics destaca para a possível continuação da desaceleração dos salários nos próximos meses, o que seria benéfico para a desaceleração da inflação e, por consequência, para o Fed.

Por outro lado, o City Index destaca que a queda da confiança do consumidor, segundo o Conference Board, resume “claramente a situação difícil dos EUA”, mas não restringe seus gastos, o que também pode pressionar a inflação e tornar o trabalho da autoridade monetária americana mais difícil.

Olhando para os próximos meses, o CEO do deVere Group, Nigel Green, prevê que os mercados financeiro globais se recuperem em novembro e dezembro. “Este mês de novembro poderá ser ainda mais positivo, uma vez que alguns mercados estão atualmente em território de correção – caindo mais de 10% – e, portanto, uma oscilação ascendente será mais pronunciada”, destaca.

Entre as ações em destaque, a Caterpillar cedeu 6,69%, ao apontar queda nos negócios de construção, indústria, energia e transporte na comparação trimestral. Já a companhia aérea Jetblue caiu 10,48%, após seu balanço decepcionar investidores e em meio a processo judicial por parte do governo americano contra a companhia aérea, para impedi-la de adquirir a rival Spirit Airlines.