As bolsas europeias fecharam com desempenhos distintos nesta segunda-feira, 25, ainda que o mercado de Frankfurt tenha mantido o bom momento, o que levou o DAX a renovar a máxima histórica de fechamento. Paris seguiu sem fôlego, em dia de agenda relativamente fraca, sem indicadores econômicos relevantes.

Em Frankfurt, o DAX subiu 0,34%, com o índice referencial alemão estendendo o movimento de renovação de máximas, ao fechar em 18.268,29 pontos. Em Londres, o índice FTSE 100 encerrou com baixa de 0,17%, aos 7.917,57 pontos. O CAC 40, de Paris, ficou estável, em 8.151,60 pontos, ainda se mantendo perto do recorde de fechamento de 8.201,05 cravado no dia 19 de abril. As cotações são preliminares.

Na sexta-feira, quando os mercados de Nova York e da Europa já estavam fechados, as agências de classificação de risco divulgaram vários comunicados sobre ratings soberanos europeus. A Fitch Ratings reiterou o rating AA- de longo prazo em moeda estrangeira do Reino Unido, mas revisou a perspectiva de negativa para estável, citando a expectativa de estabilização da proporção da dívida para o Produto Interno Bruto (PIB) a partir do final de 2025. A mesma agência reiterou o rating A- de Portugal, com perspectiva estável. A S&P reafirmou a nota em moeda estrangeira da Alemanha em AAA no longo prazo e em A-1+ no curto prazo, com perspectiva estável.

Em Londres, as ações da Kingfisher subiram 2,68%, após se recuperarem de uma queda mais cedo. A empresa de produtos para construção e decoração anunciou projeções mais fracas para o ano fiscal de 2025, ainda que o desempenho no ano fiscal encerrado em 31 de janeiro de 2024 tenha sido melhor do que o esperado, com lucro antes dos impostos 3% acima das previsões, afirmam em nota os analistas do RBC Richard Chamberlain e Manjari Dhar.

A varejista reportou vendas de 13,0 bilhões de libras esterlinas, em linha com a previsão do RBC, enquanto o lucro antes de impostos ajustado foi de 568 milhões de libras esterlinas, em comparação com uma estimativa de 553 milhões de libras esterlinas, segundo o RBC. Para o ano fiscal de 2025, a empresa projetou lucro antes de impostos ajustado na faixa entre 490 milhões de libras esterlinas a 550 milhões de libras esterlinas, em comparação com a estimativa do RBC de 547 milhões de libras esterlinas, diante da perspectiva de demanda fraca por produtos para reforma residencial.

Ainda em Londres, a DirectLine afundou 11,3%. A seguradora belga Ageas informou, na sexta-feira, que não pretendia fazer mais uma oferta pela Direct Line, depois que a seguradora britânica de imóveis e automóveis recusou duas propostas anteriores.

Em Milão, o índice FTSE subiu 0,86%, aos 34.639,41 pontos, sob influência do salto de 6,07% da empresa italiana de engenharia de petróleo e gás Saipem. O plano estratégico atualizado da Saipem implica crescimento contínuo das receitas e expansão das margens, o que deve ajudar na sua geração de caixa, afirmam analistas da Berenberg em nota.

O fluxo de caixa foi prejudicado nos últimos anos, mas a melhoria das margens da empresa significou maior geração de caixa em 2023, afirmaram os analistas. A empresa reportou uma posição de caixa líquido de 216 milhões de euros em dezembro e a Berenberg estima que a sua margem Ebitda de engenharia e construção offshore continuará a crescer em 2024, atingindo até 13,5% em 2027, contra cerca de 10% no ano passado.

Ainda em Milão, a Telecom Italia avançou 4,18%, enquanto as ações da Enel cederam 0,23% e ficaram entre os seis papéis que marcaram desempenhos negativos no pregão, de acordo com cotações parciais antes dos ajustes finais.

Em Madri, o Ibex 35 subiu 0,08%, aos 10.952,20 pontos. O PSI 20, de Lisboa, caiu 0,46%, aos 6.199,21 pontos.

*Com informações da Dow Jones Newswires