As bolsas europeias fecharam a terça-feira, 15, em baixa após dados na China levantarem dúvidas sobre o ritmo de crescimento da segunda maior economia do planeta. Em destaque negativo, Londres e Frankfurt caíram às mínimas de um mês, com o mercado britânico particularmente pressionado pelos salários resilientes no Reino Unido, que sustentam expectativa por novo aumento de juros.

Na China, produção industrial, vendas no varejo e investimentos em ativo fixo vieram abaixo do esperado, indicando uma desaceleração da economia. Nos EUA, o índice de atividade industrial também ficou aquém da previsão, e apesar das vendas no varejo americano terem surpreendido positivamente, o CIBC avalia que o resultado foi insuficiente para mudar expectativa do banco por novo aumento de 25 pontos-base nos juros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) em setembro – na contramão da aposta majoritária no mercado.

No outro lado do Atlântico, indicadores de emprego mantiveram a probabilidade de mais aperto do Banco da Inglaterra (BoE), o que penalizou o sentimento de risco. “Não há muito o que comemorar hoje, os dados apontam para a ideia de que as taxas de juros podem muito bem permanecer mais altas por mais tempo, bem como subir ainda mais de onde estão agora”, afirma o CMC Markets.

As mineradoras britânicas Antofagasta e Glencore caíram mais que os pares, 3,59% e 3,69%, respectivamente, e puxaram o índice FTSE 100 para baixo. Segundo o TD Securities, o ocidente ainda aguarda novos incentivos à demanda pelo governo Chinês, mas a empolgação tem diminuído com a divulgação de novos dados.

Em Frankfurt, o índice DAX fechou em queda de 0,87%, a 15.767,28 pontos; em Paris, o CAC 40 recuou 1,14%, a 7.267,70 pontos; em Madri, o índice Ibex 35 teve queda de 0,94%, a 9.340,30 pontos, e, em Lisboa, o PSI 20 caiu 0,69%, a 5.998,75 pontos. As cotações são preliminares. Na Itália, não houve negócios na Bolsa de Milão, por conta de feriado nacional.