Os mercados acionários europeus fecharam em forte alta nesta segunda-feira, 14, em um movimento de recuperação das fortes perdas registradas na semana passada, quando as bolsas foram atingidas pela tensão geopolítica entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 1,16% (+4,31 pontos), aos 376,45 pontos.

As preocupações sobre uma possível guerra entre Washington e Pyongyang perdeu força no fim de semana, após integrantes do governo americano amenizarem a situação. O secretário de Defesa, James Mattis, e o secretário de Estado, Rex Tillerson, afirmaram que continuarão na busca por soluções diplomáticas envolvendo a Coreia do Norte. Os dois comentaram que não têm interesse em mudanças de regime ou na reunificação acelerada da Coreia.

Na semana passada, o temor de um confronto bélico entre os dois países ganhou força, após o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmar que irá atingir Pyongyang com “fogo e fúria nunca vistos antes pelo mundo” caso as ameaças contra Washington continuassem. A Coreia do Norte, por sua vez, disse que iria disparar mísseis de médio a longo alcance contra o território americano de Guam, que fica no Pacífico, ainda em agosto.

Na manhã desta segunda-feira, a China, parceiro chave do regime de Kim Jong-un, anunciou que irá proibir a partir de terça a importação de alguns bens norte-coreanos, visando cumprir as últimas sanções aplicadas pela Organização das Nações Unidas (ONU). Entre os produtos, estão ferro, carvão, minério de ferro, chumbo e frutos do mar.

Na agenda de indicadores, a produção industrial da zona do euro caiu 0,6% em junho na comparação mensal, numa baixa superior à prevista por analistas, de 0,4%. Na comparação anual, a produção industrial do bloco cresceu 2,6% em junho, também abaixo da estimativa de alta de 2,8%.

Já em Portugal, o Produto Interno Bruto (PIB) apresentou crescimento de 2,8% no segundo trimestre do ano, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE). A variação de abril a junho foi maior do que a média da zona do euro, e estava em linha com a previsão dos economistas.

Em Londres, o índice FTSE-100 fechou em alta de 0,60%, aos 7.353,89 pontos. Entre os bancos, o Barclays ganhou 0,64%, o Lloyds subiu 0,34% e o Royal Bank of Scotland (RBC) teve alta de 0,97%.

O índice DAX, da Bolsa de Frankfurt, avançou 1,26%, aos 12.165,12 pontos. Bancos se destacaram entre os demais setores, com o Deutsche Bank subindo 3,09% e o Commerzbank ganhando 3,44%. A Deutsche Telekom também deu suporte à alta, ao ter expansão de 1,71% nesta segunda-feira.

Em Paris, o índice CAC-40 fechou em alta de 1,20%, aos 5.121,67 pontos. Société Générale (+2,34%), BNP Paribas (+1,52%) e Crédit Agricole (+0,83%) se destacaram entre os bancos. Já a Total subiu 0,26%, em linha com a recuperação nos preços do petróleo no fim do pregão europeu.

O índice FTSE-Mib, da Bolsa de Milão, teve expansão de 1,72%, aos 21.722,11 pontos. Instituições financeiras também se destacaram, como o Intesa Sanpaolo (+0,63%) e o Unicredit (+1,89%). Entre as mais negociadas do dia, a Enel avançou 2,91% e a Fiat Chrysler teve forte alta, de 8,15%, depois que a Automotive News informou que uma fabricante de automóveis chinesa fez uma oferta para comprar a montadora.

Na Bolsa de Madri, o índice Ibex-35 fechou em alta de 1,73%, aos 10.461,20 pontos. Já o índice PSI-20, de Lisboa, avançou 1,29%, aos 5.268,59 pontos. (Com informações da Dow Jones Newswires)