Os mercados acionários asiáticos encerraram o pregão desta sexta-feira sem sinal único, à medida que os investidores continuaram a digerir a guinada “dovish” por parte de grandes bancos centrais, mas também reagiram a indicadores abaixo do esperado da economia japonesa.

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial do Japão mostrou que a contração na atividade do setor se aprofundou ainda mais em junho, ao cair de 49,8 pontos em maio para 49,5 pontos. “A fraqueza na demanda automotiva e a confiança moderada dos clientes na esteira dos atritos comerciais entre os Estados Unidos e a China foram frequentemente citados pelos entrevistados na pesquisa”, apontou o relatório da IHS Markit. Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei fechou em baixa de 0,95%, para 21.258,64 pontos. Já em Seul, o Kospi recuou 0,27%, para 2.125,62 pontos.

Os dois indicadores não foram apoiados nem mesmo com a nova máxima histórica atingida pelo S&P 500 na quinta-feira diante da indicação de que pode haver cortes nas taxas de juros em grandes economias, como nos Estados Unidos, na zona do euro e no Japão. De acordo com a estrategista de investimentos da CFRA, Lindsey Bell, “se o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) reduzir os juros, isso significa que o ambiente econômico está desacelerando e, então, temos investidores que procuram por títulos por proteção”.

Não por acaso, nos últimos dias, a busca por bônus do governo japonês (JGBs, na sigla em inglês) aumentou, fazendo com que o retorno do JGB de dez anos renovasse sucessivas mínimas históricas nos últimos dias. Para o analista de mercados sênior da London Capital Markets, Ipek Ozkardeskaya, “talvez seja questão de tempo até que o declínio dos rendimentos toque o alarme para o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês).

Também nesta sexta-feira, em solo chinês, o índice Xangai Composto fechou em alta de 0,50%, em 3.001,98 pontos, e o Shenzhen Composto, de menor abrangência, avançou 1,34%, para 1.649,73 pontos. Por lá, os investidores continuaram à espera do G20, quando o presidente americano, Donald Trump, e o chinês, Xi Jinping, devem se reunir para discutir as relações comerciais entre os dois países.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,27%, para 28.473,71 pontos, diante de novos protestos contra a lei de extradição. Manifestantes também pediram a renúncia de Carrie Lam, a chefe do Executivo de Hong Kong. Na Oceania, o índice australiano S&P/ASX 200, da Bolsa de Sydney, fechou em queda de 0,55%.

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