As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quarta-feira, à medida que investidores monitoram crescentes tensões entre EUA e China, que têm Hong Kong como foco desde a semana passada, e, ao mesmo tempo, esforços de reabertura econômica em vários países, na esteira do choque do coronavírus, e a possibilidade de que surja um tratamento para a doença.

Na China continental, o índice Xangai Composto recuou 0,34% hoje, a 2.836,80 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto caiu 0,86%, a 1.774,22 pontos. Já o Hang Seng cedeu 0,36% em Hong Kong, a 23.301,36 pontos.

Ontem, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que discutirá a aplicação de possíveis sanções à China nos próximos dias e que fará um anúncio a respeito até o fim da semana, após Pequim ameaçar na semana passada impor uma nova lei de segurança nacional em Hong Kong.

Se a China for adiante com seu plano para Hong Kong, os EUA poderão adotar controles sobre transações e congelar ativos de autoridades e empresas chinesas, segundo fontes da Bloomberg.

Com incertezas pairando no ar, ficou em segundo plano um indicador de lucro industrial chinês, que sofreu queda anual bem mais amena em abril, de 4,3%, após despencar 34,9% em março em meio aos efeitos do coronavírus.

Algumas bolsas asiáticas, no entanto, se valorizaram nesta quarta-feira, uma vez que economias da região e de outras partes do mundo continuam revertendo medidas de quarentena motivadas pelo coronavírus e crescem as chances de que seja desenvolvida uma vacina para a covid-19.

O japonês Nikkei subiu 0,70% em Tóquio, a 21.419,23 pontos, impulsionado por ações financeiras, enquanto o sul-coreano Kospi teve alta marginal de 0,07% em Seul, a 2.031,20 pontos, e o Taiex exibiu leve ganho de 0,16% em Taiwan, a 11.014,66 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou praticamente estável, após um pregão volátil. O S&P/ASX 200 registrou ligeira baixa de 0,09% em Sydney, a 5.775,00 pontos. Com informações da Dow Jones Newswires.