Após uma terça-feira negativa nos mercados acionários da Europa em geral e em Nova York, as bolsas da Ásia fecharam em baixa nesta quarta-feira, refletindo a cautela internacional com o quadro em emergentes e também os riscos para o comércio global, em meio a negociações entre EUA e Canadá e a ameaça de mais tarifas americanas sobre a China. A Bolsa de Xangai recuou mais de 1,5% e Hong Kong caiu mais de 2,5%, enquanto em Tóquio a baixa foi mais modesta.

Na China, a Bolsa de Xangai teve queda de 1,68%, a 2.704,34 pontos, na mínima do dia, e a de Shenzhen recuou 1,61%, a 1.507,81 pontos. Companhias dos setores imobiliário e financeiro se saíram mal e as ações chinesas em geral tiveram seu pior dia em três semanas.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve baixa de 2,61%, em 27.243,85 pontos, em sua maior queda em três meses. A ação do Bank of China caiu 1,70% e China Coal Energy, 2,45%. China Mobile, por sua vez, teve queda de 2,05%.

Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei fechou em baixa de 0,51%, a 22.580,83 pontos, em sua quarta jornada negativa consecutiva. Ações de fabricantes de cosméticos se saíram pior, enquanto analistas ponderavam os impactos do tufão Jebi sobre a demanda por viagens. Entre algumas ações em foco, Kose caiu 6,7% e Shiseido teve baixa de 4,2%.

Em Seul, o índice Kospi fechou em queda de 1,03%, a 2.291,77 pontos. A praça local piorou na hora final de negociações, contaminada pelo mau humor regional. A baixa no Kospi foi a maior em três semanas, com Samsung Electronics em queda de 2,2% e a fabricante de microchips SK Hynix, de 1,5%. A siderúrgica Posco teve baixa de 2,1%, mas Hyundai Motor subiu 2% após balanço forte.

O índice Taiex recuou 0,25%, a 10.995,13 pontos, na Bolsa de Taiwan, também mais pressionado no fim do pregão. Taiwan Semiconductor subiu 2,5%, porém o setor financeiro teve quedas. Entre as ações no radar, Yageo caiu 3%.

Na Oceania, o índice S&P/ASX 200 fechou em baixa de 1,00%, em 6.230,40 pontos, na Bolsa de Sydney, sua maior queda desde março. Ações influenciadas por metais ficaram sob pressão, mesmo diante de sinais de crescimento sólido da economia da Austrália no segundo trimestre. O PIB australiano avançou 0,9% no segundo trimestre ante o primeiro e 3,4% na comparação anual, no ritmo mais forte em quase seis anos, segundo dados oficiais de hoje. Analistas previam altas de 0,7% e 2,8%, respectivamente.