As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam sem direção única nesta quinta-feira, com as chinesas pressionadas pelo fim iminente de uma medida que restringe vendas de ações e outras sustentadas pela recuperação de ontem do petróleo e pela avaliação de que os juros nos EUA não voltarão a subir no curto prazo.

Na China, o dia foi de perdas significativas. O índice Xangai Composto caiu 1,4%, a 3.008,42 pontos, enquanto o Shenzhen Composto, que tem menor abrangência, recuou 1,6%, a 1.930,26 pontos. O mau humor veio com a constatação de que uma decisão anunciada por Pequim em janeiro, de proibir grandes acionistas de vender mais de 1% das ações totais de empresas por um período de três meses, está para expirar nos próximos dias.

Por outro lado, o avanço do petróleo, que ontem saltou mais de 5% em reação a uma forte queda nos estoques da commodity nos EUA, contribuiu para o bom desempenho do mercado em Hong Kong e também da bolsa australiana, a principal da Oceania.

O índice Hang Seng subiu 0,29%, a 20.266,05 pontos, enquanto em Sydney, o australiano S&P/ASX 200 avançou pelo segundo dia consecutivo, com alta de 0,4%, a 4.964,10 pontos. Apenas o setor de energia da Austrália registrou ganho de 1,4%.

Em Tóquio, o Nikkei teve modesta alta de 0,22%, a 15.749,84 pontos, interrompendo uma sequência de sete pregões em baixa, em meio à demanda por ações que acumularam fortes perdas recentemente.

No entanto, a sinalização do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), ontem, de que não deverá voltar a elevar juros em abril, ajudou a impulsionar o iene a novas máximas em 17 meses frente ao dólar, pressionando os papéis de exportadoras no mercado japonês.

Já em outras partes da Ásia, a perspectiva de juros baixos nos EUA ajudou a alimentar o sentimento positivo em mercados menores, como o da Coreia do Sul, onde o índice Kospi subiu 0,13%, a 1.973,89 pontos, e das Filipinas, que teve alta de 0,7% no PSEi, a 7.232,97 pontos.

Na bolsa taiwanesa, por outro lado, o Taiex recuou 0,27%, a 8.490,20 pontos, com os investidores evitando fazer negócios antes que o Fundo de Estabilização Nacional decida sobre o eventual fim de suas intervenções, em reunião marcada para o próximo dia 12. Com informações da Dow Jones Newswires.