As bolsas asiáticas tiveram perdas generalizadas e significativas nesta segunda-feira, em reação a uma nova escalada na guerra comercial entre Estados Unidos e China.

Na sexta-feira (23), a China anunciou tarifas sobre mais US$ 75 bilhões em produtos americanos. Horas depois, o presidente dos EUA, Donald Trump, respondeu que a Casa Branca iria elevar tarifas sobre US$ 550 bilhões em bens chineses.

No fim de semana, durante reunião de cúpula do G-7 em Biarritz, na França, Trump lamentou não ter elevado ainda mais as tarifas sobre produtos da China e disse que poderia declarar a disputa sino-americana como uma questão de emergência nacional.

Na madrugada de hoje (pelo horário de Brasília), ainda em Biarritz, Trump adotou tom mais conciliatório e disse que as negociações comerciais entre EUA e China serão retomadas “em breve” e de “forma muito séria”. O presidente americano acrescentou ter muito respeito pelo presidente chinês, Xi Jinping, e acreditar que um acordo será fechado. Trump, porém, fez os comentários quando a maioria das bolsas da Ásia já tinha encerrado os negócios.

Principal índice acionário chinês, o Xangai Composto fechou em baixa de 1,17% hoje, a 2.863,57 pontos. O Shenzhen Composto, que é formado por empresas com menor valor de mercado, recuou 0,77%, a 1.566,57 pontos.

No mercado japonês, o Nikkei atingiu o menor nível em sete meses e meio, com queda de 2,17%, a 20.261,04 pontos. Ações do setor de eletrônicos e de corretoras foram as que mais sofreram em Tóquio.

Em outras partes da região asiática, o Hang Seng caiu 1,91% em Hong Kong, a 25.680,33 pontos, também influenciada por mais um fim de semana de violentos confrontos entre manifestantes e forças policiais no território semiautônomo, enquanto o sul-coreano Kospi se desvalorizou 1,64% em Seul, a 1.916,31 pontos, e o Taiex recuou 1,74% em Taiwan, a 10.354,57 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana seguiu o mau humor das asiáticas, e o S&P/ASX 200 teve queda de 1,27% em Sydney, a 6.440,10 pontos. Com informações da Dow Jones Newswires.