As bolsas asiáticas fecharam em baixa generalizada nesta segunda-feira, após uma nova escalada da onda de violência em Hong Kong, cujo mercado liderou as perdas na região. Persistem incertezas também sobre a capacidade de Estados Unidos e China de alcançarem um acordo comercial preliminar.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 2,62%, a 26.926,55 pontos, em meio à piora da turbulência popular no território semiautônomo. A polícia de Hong Kong disparou hoje contra manifestantes, deixando ao menos um ferido, que foi internado em estado grave e passou por cirurgia. Trata-se da terceira ocorrência de disparos contra dissidentes desde o início dos protestos, há cerca de seis meses.

Na China continental, o Xangai Composto terminou o pregão em baixa de 1,83%, a 2.909,97 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 2,26%, a 1.611,44 pontos.

Dúvidas sobre o andamento das negociações comerciais entre EUA e China também pesaram nos negócios da Ásia. Na sexta-feira (08), o presidente americano, Donald Trump, disse que não concordou em suspender tarifas sobre bens chineses, um dia após o Ministério de Comércio da China afirmar que ambos os lados haviam acertado remover punições tarifárias “em fases”.

No fim de semana, foram divulgados os últimos números de inflação da China. A taxa anual de inflação ao consumidor chinês acelerou de 3% em setembro para 3,8% em outubro, atingindo o maior nível em mais de sete anos. Já os preços ao produtor tiveram queda anual de 1,6% em outubro, maior do que o declínio de 1,2% visto em setembro.

Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei caiu 0,26% em Tóquio hoje, a 23.331,84 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi cedeu 0,61% em Seul, a 2.124,09 pontos, e o Taiex recuou 1,31% em Taiwan, a 11.427,28 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana ignorou o tom negativo da Ásia e fechou no maior nível desde o começo de agosto, com ganhos em ações de todos os setores, com exceção das de mineração. O S&P/ASX 200 avançou 0,72% em Sydney, a 6.772,50 pontos. Com informações da Dow Jones Newswires.