17/02/2017 - 7:08
As bolsas asiáticas ficaram no vermelho nesta sexta-feira, à medida que perdeu força o entusiasmo com a recente indicação de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) voltará a elevar juros este ano e parte dos mercados de Nova York interrompeu ontem uma sequência recente de fechamentos recordes.
Em Tóquio, o índice Nikkei caiu 0,58%, encerrando o dia a 19.234,62 pontos, no segundo pregão consecutivo de perdas, enquanto na China, o Xangai Composto teve queda de 0,85%, a 3.202,08 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,66%, a 1.945,11 pontos.
Nesta semana, a presidente do Fed, Janet Yellen, sinalizou que haverá novos aumentos de juros nos EUA ao longo do ano, reforçando a visão de que a maior economia do mundo continua em recuperação.
O “efeito Yellen”, contudo, perdeu força e os investidores na Ásia voltaram hoje a evitar ativos considerados mais arriscados, como ações.
Além disso, dois dos três principais índices acionários de Nova York caíram levemente nos negócios de ontem, após atingirem níveis recordes de fechamento por vários pregões consecutivos, em meio à reavaliação do otimismo com as propostas de política do presidente dos EUA, Donald Trump.
Outro fator negativo na região asiática veio da Coreia do Sul, onde Jay Y. Lee, herdeiro do grupo Samsung, foi preso como parte de um escândalo de corrupção que resultou no impeachment da presidente Park Geun-hye.
Em Seul, as ações da Samsung Electronics recuaram 0,42% enquanto o índice Kospi teve baixa marginal de 0,06%, a 2.080,58 pontos.
Em outras partes da Ásia, o Hang Seng caiu 0,31% em Hong Kong, a 24.033,74 pontos, enquanto o Taiex cedeu 0,12% em Taiwan, a 9.759,76 pontos, e o filipino PSEi recuou 0,53% em Manila, a 7.244,79 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana foi pressionada por ações de mineradoras e do setor de saúde, o que levou o índice S&P/ASX 200 a cair 0,2% em Sydney, a 5.805,80 pontos. Com informações da Dow Jones Newswires.