Os principais indicadores acionários asiáticos encerraram a sessão desta quinta-feira em alta, apoiados pelo viés “dovish” adotado por grandes bancos centrais, como o dos Estados Unidos e o do Japão, além de repercutirem a possibilidade de uma nova rodada de negociações comerciais sino-americanas.

Entre os mercados chineses, o índice Xangai Composto fechou em alta de 2,38%, para 2.987,12 pontos. Por lá, repercutiram comentários do representante comercial americano, Robert Lighthizer, de que há em curso um plano de entrar em contato com o vice-premiê chinês Liu He antes do encontro, na próxima semana, entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da China, Xi Jinping, no âmbito da cúpula de líderes do G20.

No front monetário, os investidores reagiram à decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que, apesar de manter os juros inalterados, indicou que cortes nas taxas podem ser efetuados ainda este ano. Na avaliação de sete dirigentes da autoridade monetária dos EUA, as taxas de juros devem sofrer cortes de 50 pontos-base até o fim do ano e terminar 2019 na faixa entre 1,75% e 2,00%.

Na Ásia, o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) adotou postura semelhante ao dizer que, se for necessário, pode haver mais compras de bônus do governo japonês (JGBs, na sigla em inglês) e cortes na taxa de depósito, que, na madrugada, foi mantida inalterada em -0,1%. O índice Nikkei, da Bolsa de Tóquio, fechou em alta de 0,60%, para 21.462,86 pontos. Já em Seul, o Kospi avançou 0,31%, para 2.131,29 pontos, enquanto o Hang Seng, em Hong Kong, subiu 1,23%, para 28.550,43 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana renovou máxima em 11 anos e meio, com o índice S&P/ASX 200 em alta de 0,59%, a 6.687,40 pontos.