As bolsas asiáticas fecharam em alta generalizada nesta terça-feira, com investidores à espera de novas discussões comerciais entre EUA e China.

Segundo o The Wall Street Journal, delegações das duas maiores economias do mundo irão se reunir em Washington amanhã e quinta-feira para retomar o diálogo comercial. Nos últimos meses, americanos e chineses impuseram tarifas adicionais a bilhões de dólares em importações um do outro. Na quinta, vence um prazo para que os EUA punam mais US$ 16 bilhões em produtos chineses com tarifas de 25%, gesto que, se confirmado, tende a levar Pequim a retaliar na mesma proporção.

No segundo pregão consecutivo de ganhos dos mercados chineses, o índice Xangai Composto subiu 1,31%, a 2.733,83 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 1,39%, a 1.471,28 pontos. Segundo analistas, também sustentam as ações chinesas uma promessa de Pequim, feita no fim de semana, de se comprometer a ampliar o crédito para investimentos em projetos de infraestrutura. Em Hong Kong, o Hang Seng encerrou os negócios em alta de 0,56%, a 27.752,79 pontos.

Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei teve valorização apenas marginal de 0,09% em Tóquio, a 22.219,73 pontos, pressionado por uma tentativa de recuperação do iene ante o dólar durante a madrugada, enquanto o sul-coreano Kospi subiu 1,04% em Seul, a 2.270,06 pontos, impulsionado por ações de tecnologia, e o Taiex avançou 0,87% em Taiwan, a 10.792,20 pontos, exibindo seu maior ganho diário em cinco semanas, graças ao bom desempenho de papéis do setor financeiro.

Na Oceania, por outro lado, a bolsa da Austrália registrou sua maior queda desde março, após a BHP Billiton divulgar redução de 37% no lucro líquido do ano fiscal de 2018. Apenas a mineradora anglo-australiana recuou 1,9%, levando o setor de forma geral a cair 1,3%. O índice S&P/ASX 200 cedeu 0,96% hoje em Sydney, a 6.284,40 pontos, depois de renovar máximas em dez anos e meio nos dois pregões anteriores.

Como resultado, acabou ficando em segundo plano em Sydney o fato de o primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, ter sobrevivido nesta terça a um desafio a sua liderança, após rebelião dentro da coalizão governista. Com informações da Dow Jones Newswires.

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