Bolsa Pódio vira dúvida depois da Olimpíada

Um dos principais programas do governo federal para fomentar o esporte e fazer o Brasil chegar ao top 10 no quadro geral de medalhas, o Bolsa Atleta Pódio pode estar com os dias contados. Medalhista de prata no tiro esportivo durante a Rio 2016, o paulista Felipe Wu, 24 anos, disse que começou a receber o benefício em junho e ele já acaba em agosto. “Foi um incentivo, mas sabia que ia acabar. Nem contei muito com esse dinheiro”, diz o atleta, que não tem patrocínio e se mantém no esporte com a ajuda financeira dos pais.

Segundo o Ministério do Esporte, a publicação de um novo edital está prevista após os Jogos do Rio, mas os atletas ainda não foram informados disso. O objetivo seria dar suporte para o ciclo 2020. O órgão não divulgou, contudo, datas nem valores do benefício no próximo ciclo olímpico. Hoje as bolsas variam entre R$ 5 mil e R$ 15 mil e são concedidas apenas para atletas que estejam entre os 20 melhores do ranking mundial ou na prova específica da modalidade. Criado em 2013, o programa já patrocinou mais de 240 esportistas