A Bolsa de Milão informou nesta segunda-feira que não aprovará a proposta de listagem da Banca Popolare di Vicenza, ao argumentar que não há vendedores suficientes do papel da empresa no mercado no mercado. A Bolsa de Milão chegou a essa decisão após dois investidores comprarem um total combinado de 97% das ações divulgadas pela instituição bancária, após uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês).

O novo fundo elaborado para apoiar os bancos da Itália, o Atlante, ficou com 92% das ações compradas. A Bolsa de Milão disse em comunicado que essa concentração dos papéis não permitiria “o funcionamento regular do mercado”. Segundo as regras da bolsa local, uma companhia pode ser listada apenas se pelo menos 25% de suas ações estiverem disponíveis para flutuação livre de capital, ainda que possa haver exceções.

A Banca Popolare di Vicenza lançou um IPO no valor de 1,5 bilhão de euros (US$ 1,72 bilhão), em resposta a uma demanda do Banco Central Europeu (BCE), que concluiu no ano passado que o banco tinha pouco capital regulamentar. Os investidores fizeram ofertas por apenas 7,7% das ações nessa oferta, sendo que 5% do total ficou apenas com um investidor. O fundo Atlante comprou os demais papéis, quando ficou claro que os investidores estavam rechaçando a oferta.

O banco havia dito que, se a Bolsa de Milão rejeitasse a listagem, o Atlante iria subscrever o total de 1,5 bilhão de euros em direitos de emissão e acabaria com 99,3% do capital da instituição. Fonte: Dow Jones Newswires.