Os negócios na B3, a Bolsa de Valores brasileira, foram retomados às 11h08, depois de terem sido suspensos por pouco mais de meia hora, durante a adoção do circuit breaker. O mecanismo foi acionado quando o Ibovespa caiu 10,02%, chegando aos 88.178,33 pontos, às 10h30. Os preços das ações estão sendo afetados fortemente pela queda no preço do petróleo no mercado internacional – a maior em um único dia desde a Guerra do Golfo, em 1991.

A queda acima de 10% no índice em relação ao fechamento de sexta-feira ativou o circuit breaker, mecanismo utilizado pela B3 que permite, na ocorrência de movimentos bruscos de mercado, o amortecimento das ordens de compra e de venda.

Na hora em que a Bolsa entrou no circuit breaker, Petrobrás ON cedia 24,61% e Petrobrás PN, 23,96%. A mineradora Vale recuava 10,78%.

A suspensão dos negócios, no entanto, não redeziu as perdas de imediato. Às 11h14, o Ibovespa caía 10,23%, aos 87.968,68 pontos. Mais tarde, às 11h52, o recuo era de 8,76%, aos 89.417,95 pontos. No mesmo horário as ações ON da Petrobrás perdiam 19,95% e os PN, 20,72%.

Reabertos os negócios, caso a variação do Ibovespa atinja uma oscilação negativa de 15% em relação ao índice de fechamento do dia anterior, os negócios são interrompidos por uma hora.

O mecanismo não é ativado na última meia hora do pregão. Ocorrendo a interrupção dos negócios na penúltima meia hora de negociação, na reabertura das transações, o horário será prorrogado em, no máximo, mais 30 minutos, sem qualquer outra interrupção, de tal forma que se garanta um período final de negociação de 30 minutos corridos.

Esta é a 18ª vez que o mecanismo é acionado desde sua adoção em 1997. A última ocasião foi em 18 de maio de 2017, por causa da Delação da JBS.