O presidente da Bolívia, Luis Arce, anunciou neste domingo (7) que havia convocado sua embaixadora no Equador, Segundina Flores, após a batida policial sem precedentes na embaixada mexicana em Quito para capturar o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas.

Em uma conversa telefônica com o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, “informamos a ele que convocamos nossa embaixadora boliviana no Equador para segunda-feira”, disse Arce na rede social X.

“Além disso, do Ministério das Relações Exteriores, convocamos a embaixadora do Equador em nosso país [Miriam Esparza] para que ela possa fornecer informações sobre o que aconteceu”, acrescentou Arce após a ligação com López Obrador, na qual ele expressou seu apoio em relação à invasão à embaixada mexicana.

“Reiteramos que a defesa da inviolabilidade da sede diplomática é uma questão de princípio, bem como da tradição latino-americana de asilo, na qual o México está na vanguarda. Durante nossa conversa, o presidente @lopezobrador destacou o apoio contínuo da Bolívia deu ao México”, observou.

Na noite de sexta-feira, as forças de segurança do Equador invadiram a embaixada mexicana em Quito para capturar Glas, que é procurado pela Justiça de seu país por acusações de corrupção e tem se refugiado na sede diplomática desde dezembro.

Após a publicação de imagens de policiais subjugando o chefe da delegação mexicana em Quito, o presidente mexicano rompeu relações diplomáticas com o Equador. A Nicarágua fez o mesmo no sábado.

Tanto os governos de esquerda da região, como os do Brasil, Colômbia, Venezuela e Chile, quanto os governos de direita, como os da Argentina e do Peru, condenaram a agressão que culminou com a detenção forçada de Glas.

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