Na última segunda-feira (22), uma “bola de fogo” atravessou o céu de estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. A Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon) disponibilizou em seu canal do YouTube uma compilação de imagens registradas por 23 câmeras, onde é possível ver o trajeto feito pelo “meteoro”.

O astrônomo Thiago Signorini, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), define o fireball – um fenômeno brilhante comumente – como um meteoro que entra na atmosfera terrestre, ou seja “um fragmento de rocha do espaço ou pequeno asteroide”, que mede, em geral, alguns centímetros, no máximo 1 metro. De acordo com ele, a denominação do fenômeno foi dada desta forma por se tratar de algo “muito brilhante”.

“Isso acontece por causa do atrito do meteoroide, que viaja muito rápido, com a atmosfera. A estrela cadente, ou meteoro, é a mesma coisa. Os fireballs são só objetos particularmente brilhantes”, explicou Thiago.

Segundo O Globo, o meteoro foi inicialmente percebido a partir de uma estação em Patos de Minas, em Minas Gerais, mas nem todos os equipamentos conseguiram registrar o evento por completo. Ivan Soares, responsável pelas eletrônicos, afirmou que a aparente velocidade lenta da fireball acabou enganando algumas câmeras da Bramon, previamente programadas para evitarem filmar objetos que fogem do objetivo, como aviões e satélites.

Em uma observação em São Paulo, realizada por Sérgio Mazzi, presidente da Bramon, foi possível ver o meteoro quase na vertical, surgindo no alto e caindo conforme perdia velocidade.

De acordo com a Bramon, o meteoro é um fenômeno luminoso gerado por um pedço de rocha espacial no momento em que atinge a atmosfera terrestre com alta velocidade, o que provoca aquecimento e ionização dos gases atmosféricos. “Quando um meteoro é mais luminoso que o planeta Vênus, também podemos chamá-lo de fireball”, dizia o comunicado da rede.