A Boeing relatou entregas recordes de aviões comerciais em 2017 nesta terça-feira (9), e afirmou que as tendências de aparatos de carga e de passageiros parecem continuar fortes em 2018.

Os lucros foram turbinados pelo crescimento econômico global de 3% e uma alta geral no tráfego de passageiros, que superou tendências históricas, disse o vice-presidente de marketing da Boeing, Randy Tinseth.

“É um mercado muito, muito forte”, disse Tinseth em uma conferência telefônica com a imprensa. “Continuamos a ver pressão crescente quando olhamos para frente”.

As ações da Boeing subiram 2,7%, a 318,36 dólares, com o melhor desempenho do índice Dow Jones até meados do dia.

A Boeing entregou 763 aviões comerciais no ano passado, mais que os 748 de 2016, em linha com o previsto. As entregas do ano passado também superaram o recorde de 762, estabelecido em 2015.

Uma publicação de Tinseth destacou que as entregas da Boeing vão superar as da concorrente Airbus pelo sexto ano seguido. A fabricante europeia deve relatar suas entregas anuais em 15 de janeiro.

Os aviões produzidos pela Boeing foram sobretudo de seu modelo mais popular, o 737 de uma única fileira, que representa quase 70% do total de entregas. Em segundo lugar, ficou o 787.

A Boeing aumentou a taxa de produção dessas duas aeronaves para atender à alta demanda. A empresa continua no caminho para aumentar a produção do 747 de 47 aviões ao mês para 52 ao mês no fim deste ano e 57 em 2019, afirmou Tinseth.

O executivo afirmou que a força do mercado se deve em parte ao aumento dos lucros da indústria de companhias aéreas, com rendimentos dos últimos três anos superior ao acumulado nos 30 anos anteriores.

A Boeing relatou 912 novas encomendas comerciais em 2017, alta de 36,5% ante 2016, refletindo um valor total de 134,8 bilhões de dólares, em preços de catálogo.